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Home Artigos

A trama invisível entre a moda, desmatamentos e a crise climática

Cecília Rapassi de Cecília Rapassi
15 de maio de 2024
no Artigos, Destaque do dia
Tempo de leitura: 4 minutos
A trama invisível entre a moda, desmatamentos e a crise climática

A tragédia que acometeu o Estado do Rio Grande do Sul nas últimas semanas teve proporções raramente vistas. Cidades inteiras foram submersas por uma correnteza que levou não apenas bens materiais, mas também vidas e lares. Os desdobramentos físicos e emocionais dessa catástrofe ainda são incalculáveis.

Fenômenos climáticos extremos, como secas severas, chuvas intensas, tornados e temperaturas muito acima da média histórica, já são parte da nossa realidade global. Esses eventos levantam questões sobre as mudanças climáticas e o impacto ambiental das atividades humanas. Entre os principais fatores ligados a esses desastres naturais estão as queimadas e os desmatamentos, que destroem ecossistemas vitais. A indústria da moda, especialmente no cultivo do algodão, desempenha um papel significativo neste cenário.

Queimadas e desmatamentos: um ciclo devastador

O desmatamento e as queimadas são práticas comuns na expansão agrícola e pecuária, assim como na produção de matérias-primas para a indústria da moda. A remoção de florestas reduz a capacidade do solo de absorver água, aumentando o risco de enchentes. Além disso, a queima e decomposição da biomassa liberam grandes quantidades de CO₂ e metano (CH₄) na atmosfera.

A Floresta Amazônica, frequentemente chamada de “pulmão do mundo”, é uma das maiores e mais diversas florestas tropicais do planeta. Ela desempenha um papel crucial na absorção de dióxido de carbono (CO₂), um dos principais gases de efeito estufa, ajudando a mitigar as mudanças climáticas. A Amazônia é fundamental para o ciclo hidrológico global. A evapotranspiração – o processo pelo qual as árvores liberam água na atmosfera – contribui significativamente para a formação de nuvens e precipitação.

Este processo não só sustenta a própria floresta, mas também afeta os padrões de chuva em regiões distantes, incluindo partes da América do Sul. A umidade gerada pela Amazônia é transportada por ventos atmosféricos, formando “rios voadores” que distribuem chuvas essenciais para a agricultura em vastas áreas. A destruição da floresta pode interromper esses fluxos de umidade levando a desequilíbrios, como secas em algumas regiões e enchentes em outras, prejudicando de diversas formas a produção agrícola.

O algodão e a moda

O algodão, uma das principais matérias-primas da indústria da moda, é frequentemente cultivado em grandes monoculturas que exigem vastas extensões de terra. Para expandir essas plantações, muitas vezes recorre-se ao desmatamento. Além disso, a produção intensiva de algodão utiliza grandes quantidades de água e pesticidas, que poluem os corpos hídricos e degradam a terra.

O Brasil é o segundo maior produtor de algodão do mundo, atrás apenas dos EUA, e 90% da sua produção acontece entre os estados do Mato Grosso e da Bahia. Recentemente, a ONG ambiental Earthsight publicou o relatório “Fashion Crimes”, no qual apurou que grandes marcas de moda, como H&M e o grupo Inditex (Zara), estão usando algodão produzido no Brasil, fruto de desmatamento do cerrado. A matéria-prima é exportada para fabricantes de vestuário asiáticos, que então fornecem o produto acabado para as marcas.

Para a Earthsight, durante muitos anos, a atenção do mundo esteve voltada à Amazônia, enquanto o cerrado brasileiro, um dos biomas mais ricos do planeta, está encolhendo para dar espaço à agricultura industrial. Em 2023, as taxas de desmatamento nessa região aumentaram 43% em relação ao ano anterior. Isso ocorre porque a maior parte das áreas do bioma é privada e a legislação permite desmatar legalmente até 80% da área ocupada.

O algodão, muitas vezes, é cultivado em esquema de rotação, revezando com outras culturas, como a soja. Isso pode ter feito a ligação da indústria da moda com o desmatamento de florestas passar despercebida.

O agravante é que os dois grandes produtores citados na investigação possuem a certificação Better Cotton Initiative (BCI), um reconhecido selo internacional utilizado por muitas marcas como garantia de sustentabilidade da matéria-prima. Cobrada pela Inditex e H&M, a Better Cotton abriu um processo de investigação para apurar as denúncias. Isso prova que os desafios e a complexidade no rastreamento da cadeia têxtil são problemas reais na busca por práticas mais sustentáveis na moda.

Quais são as soluções?

Além das regulamentações ambientais e controles mais eficazes por parte dos governos do uso da terra e das questões sociais envolvidas, as marcas devem assumir cada vez mais a sua responsabilidade no rastreamento de toda a cadeia de fornecimento.

Já se discute uma maior pressão e legislações para regular a entrada de produtos que representam risco florestal nos maiores mercados consumidores, como Europa e EUA.

A ponta do consumo também tem um papel crucial: conscientização da urgência de mudanças em nossa relação com o meio ambiente e com o que consumimos.

Cerca de 3% a 8% dos gases de efeito estufa são gerados pela indústria da moda, e as mudanças climáticas por si só já vão gerar grandes desafios na cadeia de valor. O momento exige repensar todo o impacto e a responsabilidade não apenas nos materiais utilizados, mas também nos processos de fabricação, cadeias de abastecimento e consumo.

É hora de adotar uma abordagem mais responsável, que leve em consideração não apenas o estilo e a qualidade dos produtos, mas também seu impacto sobre o planeta e as comunidades globais.

Cecília Rapassi é sócia-diretora da Gouvêa Fashion Business.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da MERCADO&CONSUMO.

Imagem: Shutterstock

 

 

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Cecília Rapassi

Cecília Rapassi

Cecília Rapassi é sócia-diretora na Gouvêa Fashion Business. Possui mais de 20 anos de experiência na área comercial de grandes marcas nacionais e internacionais, é professora em cursos de pós-graduação em Fashion Business e mentora de lideranças de vendas.

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