Melatonina, perfume da influenciadora Jade Picon, creatina, gloss de mel, parafusadeira e torneira. Esses são alguns dos produtos mais vendidos no TikTok Shop no Brasil. A solução foi lançada no País há quatro meses, depois de já operar em países da Ásia e da Europa e nos Estados Unidos.
“O TikTok Shop é democrático. O consumidor está comprando de aspirador-robô a perfume da Jade Picon”, destaca Adriana Molari, head de Vendas do TikTok. Ela participou nesta terça, 30, do D2C Summit, evento promovido em São Paulo pela Nuvemshop.
Entre os itens mais vendidos no TikTok Shop estão, ainda, botas, calças jeans, drone, fone de ouvido e modeladores de cachos (babyliss). Adriana destaca que a maioria não é de marca conhecida, o que mostra o potencial de empresas de todos os portes venderem na plataforma.
O TikTok Shop permite que usuários comprem e vendam produtos sem sair do aplicativo. Para aumentar o volume de vendas, é preciso, diz Adriana, ter um bom sortimento de produtos – de cinco a oito, pelo menos. “Se você tiver muito menos do que isso, como dois ou três, vai ser difícil que consiga giro.”
Além disso, é preciso apostar no que a plataforma chama de “produtos hero”, ou com grande potencial de venda. São produtos cujos benefícios são claros, que são originais ou que estimulem a compra por impulso. “Cerca de 5% dos SKUs têm de ser de produtos ‘hero’. E eles vão gerar 70% do GMV [Gross Merchandise Volume, ou Volume Bruto de Mercadoria]”, diz Adriana. Segundo ela, esse é o porcentual visto em outros mercados em que o TikTok Shop está há mais tempo.
A executiva destaca, ainda, a importância da boa gestão do estoque para garantir que toda a cadeia estará abastecida. E apostar, claro, num conteúdo de qualidade, em parceria com os creators certos.
“Não adianta plugar uma loja no TikTok Shop e achar que ela vai acontecer naturalmente. Diferentemente do que acontece em outras plataformas, no TikTok Shop o consumidor não faz uma busca direcionada. Ele faz uma descoberta. A partir do momento em que ele faz essa descoberta, se não existirem creators falando do seu produto, aparecendo no feed, na timeline, aparecendo no feed, as pessoas não vão saber que a sua marca existe.”
A expectativa do TikTok é que a plataforma movimente até R$ 39 bilhões no País até 2028, o que representaria entre 5% e 9% do e-commerce nacional, segundo estimativas do banco Santander.

Imagens: Shutterstock e Mercado&Consumo



