A rede de drogarias FarMelhor está apostando em modelos de franquias que têm como foco, sobretudo, a conveniência. A marca está lançando vending machines e honest markets para comercializar produtos como itens de higiene, primeiros socorros, vitaminas, beleza e cosméticos. Os modelos estão expostos na na ABF Franchising Expo, realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em São Paulo,
“O consumidor busca cada vez mais conveniência. No passado, tínhamos apenas o modelo de drogaria de rua. Para estarmos mais próximos do consumidor, a gente pensou uma ultra conveniência, que são as vending machines e os lockers, como chamamos, que funcionam no modelo de honest market, para ambientes de fluxo controlado”, explica Renan Reis, CEO da FarMelhor.
Operações-piloto dessas franquias da rede de drogarias focadas na conveniência estão sendo testadas em restaurantes de grandes rodovias e aeroportos. Mas a ideia é que os modelos sejam levados a locais dos mais diversos. As vending machines podem estar, por exemplo, em hospitais, arenas esportivas, estações de metrô e trens, clubes e faculdades. Os honest markets, em hotéis, condomínios residenciais e comerciais e até salões de beleza.
Quanto custa uma franquia
O investimento inicial das microfranquias da FarMelhor é estimado a partir de R$ 15 mil para o modelo de honest market e de R$ 50 mil para as vending machines. “Estamos atuando em duas frentes. Uma é o público que busca uma microfranquia para ter um complemento de renda ou até uma renda inicial. A outra são nossos franqueados, que podem potencializar a receita e dar mais visibilidade à marca”, diz Reis.
A rede de drogarias, também pensando na conveniência, coloca QR Codes tanto nas vending machines quanto nos honest markets. O consumidor pode usá-lo para encomendar produtos que não estão disponíveis nesses modelos, como medicamentos. Se o dono da operação já possuir loja tradicional da FarMelhor, o código pode direcionar o cliente para ela; caso contrário, o consumidor pode ser levado para o e-commerce.
A legislação brasileira ainda não permite a comercialização de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em vending machines. Mas, atualmente, 28,9% do faturamento das farmácias e drogarias no Brasil, o que equivale a cerca de R$ 63,7 bilhões, vêm de produtos não medicamentosos, segundo dados da IQVIA.
O franqueado fica responsável pela reposição dos itens, que são adquiridos em fornecedores homologados. O mix de produtos de cada operação e os preços são definidos com base em pesquisa do perfil de consumo local.
Mais vending machines
As vending machines, incluindo as da FarMelhor, são o destaque do estande da Balcão Urbano na ABF Franchising Expo. A máquina da FarMelhor exibida no evento oferece, além da venda de produtos, uma tela interativa lateral. Ela é voltada para a exibição de anúncios dos produtos que serão comercializados na máquina — uma solução de retail mídia que permitirá geração de receita adicional para o franqueado.
A empresa tem máquinas, também, de venda de snacks, café, livros e outros produtos. Os investimentos nas franquias partem de R$ 69 mil para três máquinas. O franqueado pode escolher vending machines semelhantes ou de segmentos diferentes. Entre as opções da Balcão Urbano, estão marcas como Bites Bebes, TendTudo, Urban Drinks e Nutty Bavarian.
“Temos dois perfis de franqueados: aquele que quer um negócio próprio e aquele que está fazendo a migração de CLT para PJ porque busca mais flexibilidade”, resume Marcel Magalhães, diretor da Balcão Urbano.
A manutenção da máquina é feita pela Balcão Urbano. Cabe ao franqueado fazer a reposição de produtos. Para Magalhães, o grande diferencial da vending machine, para quem está no estágio inicial da jornada empreendedora, é que ela não precisa de funcionário. “Além disso, não há perda de produto e a mudança de local de instalação é extremamente simples. Também não há grandes custos inicias, como aqueles com mobiliário, caixa registradora, autoatendimento ou refrigerador.”
Imagem: Mercado&Consumo