A Inteligência Artificial (IA) passou a moldar, em tempo real, o futuro dos negócios. Mais do que automatizar tarefas, a tecnologia redefine modelos de negócios, amplia a eficiência de equipes e abre novas frentes de crescimento para empresas em todo o mundo.
Seu impacto sobre a produtividade tem mudado a forma como empresas organizam seus processos, se relacionam com consumidores e projetam estratégias de crescimento. E as organizações que conseguirem estruturar o uso da tecnologia desde já terão vantagem competitiva diante de um cenário cada vez mais acelerado.
É essa visão que orienta Patrick Francisco, CEO e fundador da Driva, startup paranaense especializada em IA para marketing e vendas. Em apresentação na 10ª edição da Latam Retail Show 2026 sponsored by IBM, no Expo Center Norte, em São Paulo, o autor do Guia Prático para IA no seu Processo Comercial destaca os 5 passos que considera indispensáveis para que os empresários consigam extrair o máximo da tecnologia em seus negócios:
O primeiro passo é o que ele chama de processo: saber resolver o básico para alcançar um bom desempenho. “Não adianta ter à disposição a mais moderna tecnologia se não souber usá-la. O básico bem feito é a forma mais útil e prática de colocar a produção para rodar e gerar retorno”, diz.
Em seguida, Patrick cita a qualidade da pergunta como a habilidade do futuro para uma boa eficiência da IA. A pergunta bem feita recebe uma resposta de igual nível. “Vale a pena gastar tempo caprichando na forma mais inteligente de fazer uma pergunta e atingir um objetivo.”
Transformando dados em ação
O terceiro ponto abordado é a segmentação da base de consumo. Segundo Patrick, entender o perfil de seu público-alvo nos detalhes é uma ótima prática no uso da IA e que acaba sendo muitas vezes ignorada. “As empresas devem olhar para cada segmento de seu funil de vendas e pensar no melhor uso da tecnologia de forma individualizada.”
Como quarto passo de seu guia, o empresário cita a necessidade de saber claramente o tamanho do mercado para direcionar metas de vendas e diversificar o mix de produtos. Neste sentido, a IA pode identificar, por exemplo, o número de clientes, de ativos e de desativados em um mesmo período.
Por fim, o quinto passo é incorporar a IA à rotina diária. “Como analogia, é melhor aprender um idioma 10 minutos todos os dias do que 3 horas no final de semana”, diz Patrick. Usar rotineiramente a IA nas mais diversas funções é a forma mais efetiva de torná-la um hábito e entender naturalmente seu funcionamento.
Reportagem: Daphne Kopelman



