A Natura deu início a uma pesquisa que pretende compreender os impactos das mudanças climáticas na saúde mental dos brasileiros e, a partir disso, desenvolver novos produtos voltados ao cuidado emocional e ao bem-estar.
Realizado em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o estudo busca mapear sentimentos como ecoansiedade, solastalgia (angústia provocada pela degradação ambiental), depressão e outros efeitos emocionais provocados pela crise climática.
A pesquisa também analisará a relação desses sentimentos com hábitos de consumo sustentável, utilizando questionários digitais aplicados via WhatsApp e Telegram. A fase inicial contará com mil participantes, com previsão de expansão para outras regiões e perfis sociais do País.
“Lidamos com perdas, medos, angústias e um sentimento de impotência enorme diante da magnitude dos efeitos das mudanças climáticas em nossas vidas. No Brasil, a diversidade de ecossistemas e a intensidade das pressões ambientais proporcionam um cenário único para entender como essas mudanças afetam o bem-estar mental das populações locais. Queremos ampliar a consciência sobre esse fenômeno”, afirma Tatiana Ponce, vice-presidente de marketing e líder de pesquisa e desenvolvimento para Natura e Avon.
Os resultados do estudo deverão contribuir para o desenvolvimento de estratégias de saúde preventiva e reforçar a importância da adoção de práticas empresariais mais alinhadas ao cuidado com o meio ambiente e com a saúde emocional das populações.
“As emoções climáticas aparecem por meio de diversos termos e buscam traduzir o sofrimento ambiental, ou seja, a redução do bem-estar mental frente às mudanças ambientais. À medida que os indivíduos e comunidades enfrentam cada vez mais alterações climáticas e suas consequências, é crucial compreendermos os impactos emocionais resultantes disso”, destaca Lucas Murrins Marques, docente e pesquisador do Departamento de Saúde Mental da Santa Casa de São Paulo.
Imagem: Envato