O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou, nesta quarta-feira, 9, que a tarifa sobre produtos importados do Brasil será de 50%, com início a partir de 1º de agosto.
O republicano argumentou que o nível da taxa se dá por ordens judiciais que “censuram” mídias sociais americanas e inibem a liberdade de expressão de cidadãos dos EUA. Segundo Trump, esses ataques do Brasil partem do Supremo Tribunal Federal (STF).
No documento publicado na Truth Social, o presidente pontua a cláusula de retaliação e ameaça elevar ainda mais as tarifas caso o países responda com medidas semelhantes. “Se por qualquer razão vocês decidirem aumentar suas tarifas, o valor que escolherem será somado ao valor que cobramos”, diz o texto.
Tarifas podem pressionar inflação e desacelerar consumo nos EUA
Após um forte crescimento de 2,8% no PIB de 2024, ainda é não é possível prever o impacto que novas tarifas e outras políticas governamentais terão na economia dos EUA, segundo o economista-chefe da National Retail Federation, Jack Kleinhenz, na edição de julho da Monthly Economic Review da NRF .
“Desde então, a ansiedade e a confusão ocuparam o centro do palco na economia e nos mercados financeiros, à medida que a incerteza sobre as políticas públicas se intensificou. Era difícil julgar como as mudanças políticas afetariam a economia no início de 2025 e continua sendo agora.”
Segundo Kleinhenz, os fundamentos econômicos parecem sólidos neste momento, mas a incerteza é generalizada. “Existem muitas correntes cruzadas em torno de tarifas, imigração e desregulamentação, e todos estão analisando quais serão as tarifas, como elas afetarão a inflação dos produtos de varejo e, mais importante, por quanto tempo estarão em vigor.”
Com informações de Estadão Conteúdo (Pedro Lima).
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