Em maio, o setor de serviços às famílias apresentou crescimento de 3,1% em relação ao mês anterior, recuperando parte das perdas acumuladas ao longo do ano, segundo o IGet, indicador do Santander em parceria com a Getnet,. Na comparação com maio do ano passado, o segmento ainda acumula queda de 6,1%, registrando o quinto resultado negativo consecutivo nessa base. O segmento de alojamento e alimentação cresceu 2,8% no mês, enquanto outros serviços avançaram 2,5%.
Já o comércio varejista enfrentou dificuldades, com o índice ampliado registrando queda de 1,3% frente a abril, marcando o segundo mês seguido de recuo. O índice restrito também caiu 0,4%, acumulando três meses de resultados negativos.
A comparação anual mostra que o varejo cresceu 5,5%. Destacam-se no mês o desempenho positivo dos setores de vestuário (2,6%), móveis e eletrodomésticos (1,8%) e artigos farmacêuticos (2,3%), enquanto combustíveis (-0,6%) e supermercados (-2,0%) tiveram queda. O segmento de automóveis teve leve alta de 0,5%, ao passo que materiais de construção recuaram 1,6%.
“Seguimos avaliando que a política monetária restritiva deve impactar a atividade econômica à frente, mas o mercado de trabalho aquecido tende a impedir uma desaceleração forte e repentina. Adicionalmente, novos impulsos como a nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado tendem a se configurar em fatores adicionais de sustentação da demanda. A inflação pressionada, por outro lado, pode ser um fator limitante ao crescimento do varejo e dos serviços, em conjunto com potenciais efeitos negativos da guerra comercial”, afirma Gabriel Couto, economista do Santander.
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