O varejo brasileiro registrou crescimento pelo segundo mês consecutivo em julho, puxado por setores como móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos e supermercados, indicando uma retomada gradual do consumo das famílias.
Segundo a pesquisa IGet, da Getnet e do Santander, o varejo restrito teve alta de 1,1% em julho, com destaque para os setores de móveis e eletrodomésticos (4,5%), artigos farmacêuticos (2,1%), outros artigos de uso pessoal (2,0%) e supermercados (0,9%). Por outro lado, vestuário (-6,4%) e combustíveis (-0,5%) apresentaram quedas.
Já o varejo ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção, cresceu 1,4%, revertendo três meses seguidos de quedas. O resultado foi puxado pelo avanço de 1,8% no segmento de automóveis, partes e peças, e de 0,3% em materiais de construção. Na comparação com julho do ano passado, o avanço do varejo ampliado chegou a 6,3%.
No setor de serviços às famílias, o índice para famílias obteve um leve crescimento de 0,2% em julho em relação ao mês anterior. Na comparação interanual, a queda foi de 8,3%, marcando o décimo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. O segmento de alojamento e alimentação cresceu 0,5%, enquanto outros serviços às famílias avançaram 6,0% no mês.
“Continuamos esperando uma desaceleração à frente, na esteira dos impactos da política monetária restritiva, embora o mercado de trabalho aquecido siga impedindo uma perda de ritmo mais forte e repentina. Adicionalmente, novos impulsos como a linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado e o pagamento de precatórios são fatores adicionais de sustentação “, Gabriel Couto, economista do Santander.
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