A RD Saúde, dona das redes de drogarias Raia e Drogasil, acaba de aderir ao programa Procon-SP Racial de enfrentamento ao racismo nas relações de consumo. O programa foi desenvolvido pela Fundação Procon-SP e pela Universidade Zumbi dos Palmares.
Ao entrar no programa, cuja adesão é voluntária, a empresa se compromete a adotar algumas ações, como afixar cartaz com os 10 princípios para enfrentar o racismo nas relações de consumo nas instalações e locais de grande circulação de pessoas (colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes).
Deve, ainda, disseminar virtualmente os 10 princípios junto aos seus colaboradores; orientar seus funcionários a participarem de curso de capacitação gratuito de letramento em questões raciais; considerar como um dos critérios de contratação e de aperfeiçoamento de pessoal os meios de capacitação em letramento racial; e incentivar outros fornecedores e parceiros a aderir aos 10 princípios.
A partir de agora, a RD Saúde irá aplicar um plano contínuo para sinalizar suas lojas e incentivar seus colaboradores para o curso online de letramento sobre o enfrentamento ao racismo nas relações de consumo, além de divulgar internamente o tema em um programa de lives diretas entre a diretoria e todos os funcionários.
“A adesão ao Procon-SP Racial é um compromisso que esperamos ver atendido tanto para os clientes das lojas quanto para os funcionários, podendo e devendo se tornar parte de uma política de gestão de pessoas”, diz o diretor-executivo da Fundação Procon-SP Luiz Orsatti Filho.
Ricardo Brito, coordenador do Procon-SP Racial junto à Universidade Zumbi dos Palmares, disse que “uma empresa como a RD Saúde, com grande capilaridade em muitas cidades de todas as regiões do estado de São Paulo, amplia a divulgação sobre um tema que ainda precisa de muito empenho e ações concretas, especialmente por parte de empresas do setor de varejo, as quais recebem em suas instalações um contingente muito grande de consumidores diariamente”.
As bandeiras Raia e Drogasil têm atualmente mais de 3.300 lojas em todo o Brasil. No total, são quase 65 mil colaboradores, sendo aproximadamente 57 mil diretamente no atendimento ao público e cerca de 34 mil que se classificam como pretos e pardos.
Os 10 princípios de enfrentamento ao racismo nas relações de consumo
- Racismo nas relações de consumo constitui crime inafiançável e imprescritível.
- Todas as pessoas devem ser tratadas com respeito e consideração.
- O racismo é uma violência contra a dignidade da pessoa humana.
- Nenhuma pessoa pode ser desrespeitada ou ofendida pela cor de sua pele.
- Nas relações de consumo, nenhuma pessoa pode sofrer preconceito em razão da cor de sua pele, raça, etnia e quaisquer outras formas de discriminação.
- São atos discriminatórios proibir ou constranger o ingresso ou permanência em estabelecimento aberto ao público, em razão da cor da sua pele, raça, etnia e quaisquer outras formas de discriminação.
- O atendimento deve ocorrer sem qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória.
- Não se pode abordar, revistar ou imobilizar nenhuma pessoa em razão da cor da sua pele, raça, etnia ou qualquer outra forma de discriminação.
- Nenhuma pessoa pode desrespeitar, ofender ou agredir verbal ou fisicamente funcionário ou prestador de serviço por conta da cor da sua pele, raça, etnia ou qualquer outra forma de discriminação.
- Nas relações de consumo, todas as pessoas devem agir com respeito e fraternidade, sem compactuar com atos discriminatórios, conscientes de que todas são dotadas de igualdade e dignidade.
Imagem: Envato