Foodservice cresce 6,7% em maio, mas queda nas transações revela consumidor mais seletivo

As transações totais recuaram 1,9%, aponta IFB

O foodservice brasileiro apresentou crescimento nominal de 6,7% em maio de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com o Índice de Desempenho do Foodservice (IDF), divulgado pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), ao se considerar o ajuste pela inflação medida pelo IPCA específico para alimentação fora do lar, o setor registrou um crescimento real de 1,4%.

Apesar do avanço positivo no faturamento, as transações totais recuaram 1,9%, indicando uma mudança significativa no comportamento do consumidor brasileiro.

“Os consumidores estão claramente mais exigentes, escolhendo onde e como gastar dinheiro de forma mais consciente, buscando valor agregado e qualidade em cada compra.”, diz Ingrid Devisate, co-fundadora e diretora executiva do IFB.

Os dados mostram que o aumento no faturamento foi impulsionado pelo crescimento do ticket médio, que atingiu R$ 43,40 — uma alta de 9,48% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Essa variação do valor médio gasto pelos consumidores destaca que eles estão mais seletivos e priorizam qualidade em vez de quantidade diante do atual cenário de inflação elevada.

Essa mudança de comportamento mostra que, mesmo frequentando menos os estabelecimentos, os consumidores têm optado por experiências melhores, com produtos e serviços diferenciados. Isso evidencia que os negócios capazes de agregar valor ao consumo têm demonstrado maior resiliência e crescimento consistente.

Na análise regional, as regiões Sul e Norte apresentaram desempenhos notavelmente superiores à média nacional, com crescimento nominal de 16,8% e 15,1%, respectivamente. Esses resultados refletem tanto uma base comparativa menor quanto uma dinâmica econômica local mais aquecida. Em contraste, o Sudeste cresceu apenas 5,0%, mostrando uma desaceleração relativa, influenciada pela saturação do mercado e por uma maior sensibilidade às variações macroeconômicas.

Na comparação entre diferentes formatos de lojas, os centros comerciais se destacaram com um crescimento de 10,1%, refletindo a retomada do fluxo de consumidores em ambientes que oferecem experiências mais completas, como shoppings e galerias. Em contraste, as lojas de rua apresentaram avanço menor, de 3,9%.

Imagem: Envato

Redação

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