A produtora de bebidas Ambev anunciou sua primeira cervejaria e sua primeira maltaria carbono neutro do Brasil. O processo de descarbonização dessas duas fábricas faz parte do plano de metas estabelecido em 2018 pela empresa relacionadas a sustentabilidade.
A cervejaria de Ponta Grossa, no Paraná, e a maltaria em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, já tinham sido projetadas com conceito de baixo carbono, mas as mudanças aconteceram recentemente. Nos últimos 5 anos, as fábricas passaram por uma redução de 90% na emissão de carbono até atingirem a neutralização de carbono.
“Além de todas as alterações operacionais do nosso processo produtivo e logístico, que permitiram a redução de 90% das emissões, também investimos em projetos que geram créditos de carbono e compensam as emissões residuais de nossa cadeia produtiva”, afirma Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev.
A empresa afirma que esse procedimento com as duas unidades faz parte do processo de descarbonização da companhia como um todo. Parte do plano é, até o final deste ano, adequar outras quatro fábricas para terem operações neutras na emissão de carbono.
Ao todo, a companhia já gastou o equivalente a R$ 137 milhões em tecnologia sustentável e limpa para as suas operações. A mudança nas duas fábricas é equivalente a 9.700 toneladas de CO2 não emitidas anualmente, o mesmo que 1.300 carros a menos nas ruas do Brasil.
Plano de metas
Em 2018, a Ambev definiu quatro metas como fundamentais para possuir e desenvolver uma cadeia produtiva mais sustentável e com menos carbono possível. A empresa colocou o ano de 2025 como data para atingir as seguintes metas:
- A eletricidade comprada pela empresa deve vir 100% de fontes renováveis, e também o compromisso na redução de 25% nas emissões de carbono ao longo da cadeia de valor.
- Melhorar a qualidade e a disponibilidade da agua para todas as comunidades em áreas de grande estresse hídrico que se relacionam com a Ambev.
- Adoção de 100% de seus agricultores que tenham sido treinados e possuam estrutura financeira para um plantio sustentável.
- Desenvolvimento de 100% dos produtos da companhia em embalagens retornáveis ou feitas, majoritariamente, de conteúdo reciclado.
“Não podemos falar de um caminho rumo ao carbono neutro e net zero sem que todos os parceiros e fornecedores que fazem parte da cadeia de grandes companhias também estejam nessa jornada”, finaliza Figueiredo.
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