O presidente do Santander, Mario Leão, afirmou nesta quarta-feira, 30, que está confiante e torcendo para que o governo brasileiro e o norte-americano cheguem a um acordo para resolver o impasse em torno do imposto de importação de 50% anunciado pelo governo dos Estados Unidos.
“É fundamental não desistir e que o governo (brasileiro) continue buscando dar apoio aos setores mais afetados e, quero crer, que o governo dos EUA assuma um caminho técnico (nas discussões)”, disse durante coletiva com a imprensa sobre o resultado do banco do segundo trimestre.
Segundo ele, é possível que um acordo seja fechado tanto nas próximas 24 horas quando nos próximos dias.
Leão disse que o banco não deve lançar nenhuma linha de crédito especialmente voltada a apoiar empresas por conta do tarifaço, entretanto, “seguiremos próximos das empresas para apoiá-las com capital de giro e cessão de credito”. De acordo com ele, os setores e empresas afetados são específicos, os quais devem buscar alternativas diante do cenário. “Nosso papel é estar próximo das empresas e em paralelo estamos confiantes em uma solução”, reafirmou.
Brasil mantém posição e se destaca no 1º semestre
O lucro do Santander Brasil foi novamente o segundo maior do grupo no mundo, atrás apenas da Espanha. Na primeira metade do ano, o ganho no Brasil somou 996 milhões de euros, só abaixo dos 2,258 bilhões de euros da matriz. No total, o resultado do grupo espanhol somou 6,8 bilhões de euros na primeira metade do ano.
Após o Brasil, a terceira maior operação do mundo fica com os Estados Unidos, com ganho de 839 milhões de euros no primeiro semestre, seguido pelo México, na quarta posição, com 794 milhões de euros.
Na sede do banco em São Paulo, o presidente do Santander Brasil, Mario Leão, falou da melhora das margens e da eficiência do banco e ressaltou o lançamento do novo aplicativo da instituição, que terá contato bem mais próximo com os clientes, no que ele chama de “hiperpersonalização”.
Já nas agências, ele contou que tem havido “fusões de lojas”. “O grupo Santander resolveu abraçar a inteligência artificial”, disse ao falar da tecnologia.
“Metade dos financiamentos de carros elétricos no Brasil é o Santander que faz”, disse no começo da teleconferência com analistas.
Com informação do Estadão de Conteúdo (Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior).
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