Regionais como ponte entre estratégia e execução

No varejo e em serviços, os regionais, donos de região, responsáveis pela gestão e resultados de múltiplos pontos de vendas, são o elo mais importante entre a estratégia da companhia e a rotina das lojas. São eles que fazem a engrenagem girar, traduzindo o plano em ação, garantindo padrão, ritmo e propósito no dia a dia da operação.

Mas, muitas vezes, são também os que mais precisam de apoio e desenvolvimento. Envolvidos em uma rotina intensa e repleta de urgências, acabam mergulhados na operação e apagando incêndios, quando o papel que deveriam exercer é tático e estratégico: direcionar, apoiar, desenvolver e garantir que a estratégia da companhia aconteça de forma consistente na ponta.

As novas exigências da liderança

Durante o Latam Retail Show 2025, um ponto ficou evidente: se o mercado evolui para um modelo mais digital, humano e omnicanal, o perfil dos líderes também precisa evoluir. E isso começa justamente por quem está no meio do caminho entre o escritório e a loja, os regionais.

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Eles são, inclusive, os principais responsáveis pelo desenvolvimento das lideranças das lojas, que, por sua vez, são responsáveis pelos times de atendimento e vendas. Quando essa cadeia de desenvolvimento, que inicia na figura do regional, é impactada, todo o negócio sofre as consequências.

As novas exigências da liderança passam por:

Liderança desenvolvedora e colaborativa: transformar o time em protagonista da mudança

Essas competências não são mais diferenciais; elas são essenciais para sustentar a performance em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e interconectado.

Upskilling e reskilling: o RH como protagonista

O desafio, no entanto, não é apenas técnico; é comportamental. O RH precisa assumir um papel cada vez mais estratégico de desenvolvimento, desenhando programas que formem regionais com visão 360°, capazes de navegar entre pessoas, performance e propósito.

Desenvolver essa camada da liderança é investir na perenidade do negócio. São esses profissionais que moldam a cultura, garantem a execução coerente da estratégia e sustentam o equilíbrio entre a pressão por resultados e a manutenção de um ambiente saudável e produtivo.

Do discurso à prática

Mais do que discursos inspiradores, é hora de estruturar ações concretas. Eis aqui alguns caminhos possíveis:

Quando o desenvolvimento é contínuo e conectado à rotina, ele deixa de ser uma ação pontual e passa a fazer parte da cultura. Se a estratégia nasce no topo, é na ponta que ela ganha vida. Desenvolver os regionais é preparar o negócio para um futuro que já começou.

O futuro do varejo e dos serviços depende de líderes preparados para atuar com visão estratégica, mentalidade digital e sensibilidade humana, e o investimento começa exatamente na ponte entre a estratégia e a execução.

Nota: Para saber mais sobre como desenvolver a liderança regional, clique aqui.

Roberta Andrade é diretora de Educação Corporativa e sócia da Friedman e da Gonow1.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo

Imagem: Envato

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