Com uma dívida acumulada de R$ 260 milhões, a Pan Produtos Alimentícios requisitou sua autofalência à Justiça, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Na prática, a empresa confessa sua incapacidade de saldar dívidas e de seguir em atividade.
O pedido foi protocolado na 1ª RAJ (Região Administrativa Judiciária), no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
A empresa estava em recuperação judicial desde março de 2021, cujo prazo terminou há duas semanas. A empresa pediu 90 dias suplementares para conseguir saldar seus débitos, mas o administrador judicial Fabio Rodrigues Garcia negou.
“Imperiosa será a concessão do derradeiro prazo (90 dias), sem o qual não haverá outra alternativa, senão desde já requerer a decretação da autofalência continuada” disse a Pan no requerimento apresentado ao tribunal.
A empresa alega que a pandemia influenciou na queda do faturamento e no descumprimento do plano de recuperação, definido em 2017.
Caso a Justiça aceite o pedido de falência, a empresa solicitou um prazo de seis meses para “liquidar todos os débitos dos trabalhadores ativos e débitos pós-recuperação judicial”.
Famosa pelos “cigarros” de chocolate, a empresa foi fundada há 88 anos, em São Caetano do Sul, e começou como uma empresa familiar. Em 2016, foi adquirida pelo Grupo Brasil Participações.
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