Puxado pela Argentina, o mercado de beleza na América Latina cresceu 18% no primeiro trimestre. Com alta de 21% e crescimento de dois dígitos em todas as categorias, o mercado argentino registrou o melhor desempenho entre todos os países analisados, segundo levantamento da Circana.
O México, no entanto, segue como protagonista absoluto, representando metade das vendas da região. Já o Brasil registrou uma queda discreta em volume.
“A América Latina segue valorizando a beleza como parte da sua identidade e rotina de autocuidado, mas com escolhas cada vez mais conscientes. A abertura para marcas acessíveis, o interesse por novos formatos e a busca por experiências de compra mais personalizadas mostram que o mercado está amadurecendo e se diversificando” analisa Ana Seccato, diretora comercial da Circana.
O segmento de nicho teve 7% das vendas da categoria, acima da média dos últimos 5 anos, e conquista um público fiel atrás de experiências olfativas avant-garde e exclusivas.
A categoria de maquiagem vem logo em seguida, com crescimento de 16% em vendas, sendo a que mais avançou em volume no trimestre. Os lábios dominaram as escolhas, com glosses, balms e produtos multifuncionais no topo das preferências. Já as bases tiveram um crescimento tímido de 3%, o que segurou o desempenho da categoria de face como um todo.
Blushes, iluminadores e bronzers seguem em alta há três anos. Já as máscaras para cílios, depois de um tempo fora dos holofotes, voltaram impulsionadas por tendências das redes sociais.
Já o skincare, apesar de uma penetração ainda tímida na região, teve seus próprios momentos de destaque. Com crescimento de 10% em vendas, a categoria foi puxada por Brasil e Argentina, que apresentaram resultados acima da média em valor.
Entre as novidades, destaque para as marcas asiáticas e indie, queridinhas das gerações Z e Alpha, e para os kits em versão mini, que cresceram mais de 20% e mostram que testar antes de investir continua sendo uma boa pedida. Em contrapartida, body care e proteção solar desaceleraram, após dois anos de crescimento consistente.
As marcas de dermocosméticos, de médio custo e mais acessíveis, cresceram acima de 30%, enquanto as de prestígio avançaram de forma mais discreta. O consumidor latino-americano está mais curioso, conectado, informado e exigente.
Imagem: Envato