O X, antigo Twitter, atualizou suas regras em relação à publicação de conteúdo adulto no site. Posts explícitos já eram feitos na plataforma anteriormente, mas as regras da rede social não permitiam essas publicações de modo oficial. Agora, as novas regras de uso contidas na Política de Conteúdo Adulto autorizam formalmente a postagem de mídias pornográficas no site.
Ainda assim, essas publicações devem obedecer a regras específicas. Primeiramente, o conteúdo deve ter sido produzido e distribuído consensualmente e deve receber o rótulo apropriado. Além disso, imagens adultas não poderão ocupar lugares de destaque, como a foto de perfil. Será possível denunciar qualquer post que não se encaixar nessas normas.
De acordo com a plataforma, “conteúdo adulto é qualquer material produzido e distribuído consensualmente que retrate nudez adulta ou comportamento sexual que seja pornográfico ou com intenção de causar excitação sexual. Isso também se aplica a conteúdo fotográfico ou animado gerado Leia também por IA, como desenhos animados, hentai ou anime”.
Fake news e violência
Desde que assumiu o antigo Twitter, o bilionário Elon Musk dava pistas do que a plataforma se tornaria com a a sua definição pessoal do que vem a ser liberdade de expressão. Uma das primeiras medidas tomadas foi a redução da equipe responsável por filtrar conteúdos falsos, violentos, preconceituosos e pornográficos.
Em abril deste ano, a Justiça australiana exigiu a remoção de um vídeo do esfaqueamento de um líder religioso das redes sociais. Musk criticou a Austrália e argumentou que isso estabelece um precedente perigoso que permite efetivamente que um país controle toda a internet.
Também em abril, o dono do X se envolveu em conflito com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, que investiga milícias digitais no Brasil, que espalham notícias falsas.
Em 2023, a plataforma X foi ameaçada de multa pela Comissão Europeia por permitir a disseminação de informações falsas e mentiras sobre a guerra em Israel, deflagrada após os ataques do Hamas, em 7 de outubro.
Com informações de Estadão Conteúdo (Sabrina Brito)
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