O grupo Casas Bahia anunciou um conjunto de medidas para melhorar sua estrutura de capital, com potencial de reduzir sua alavancagem em até R$ 1,5 bilhão. A proposta prevê a conversão integral das debêntures da Série 2, no valor de R$ 1,5 bilhão, em ações da companhia. Caso aprovada, a medida resultará na emissão de 328.952.885 novas ações, representando 77,58% do capital social da empresa.
Com a conversão, a dívida bruta da companhia cairia de R$ 5,84 bilhões para R$ 4,27 bilhões. Já a dívida líquida, descontado o caixa de R$ 2,47 bilhões, recuaria de R$ 3,37 bilhões para R$ 1,81 bilhão. Na prática, a alavancagem medida por dívida líquida sobre Ebitda cairia de 1,6x para 0,8x.
Caso seja implementada a conversão integral das Debêntures da 2ª Série, espera-se que a estrutura de capital da Companhia seja positivamente impactada da seguinte forma:

A renegociação das debêntures da Série 1 também faz parte do pacote. Os papéis, parcialmente detidos por bancos, terão um novo cronograma de amortização com início em novembro de 2027, além da extensão do período de carência de juros por mais 12 meses. A medida visa proporcionar fôlego adicional ao caixa e melhora o perfil da dívida no médio prazo.
Já a Série 3 e outros itens de endividamento, que somam aproximadamente R$ 2,6 bilhões, permanecem inalterados.
A varejista soma seis trimestres consecutivos de forte desempenho operacional e um Ebitda ajustado de R$ 2,15 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em março de 2025. Após o anúncio, as ações da Casas Bahia na B3 saltaram quase 8%.
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