IoT: A ética no uso das novas tecnologias

Em um mundo cada vez mais conectado, o desafio é manter o valor ético no uso das tecnologias

IoT: A ética no uso das novas tecnologia
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A responsabilidade social, ética e legal das empresas é um tema cada vez mais discutido e cobrado, especialmente no momento de aceleração digital que vivemos. Quando falamos da área de tecnologia, a discussão é ainda maior, uma vez que os sistemas frequentemente lidam com dados de terceiros.

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Com a Internet das Coisas (IoT) não é diferente. Em 2018, a Gartner, empresa de consultoria em tecnologia, divulgou o estudo “Top Strategic IoT Trends and Technologies Through 2023”, por onde revelou as principais tendências estratégicas de IoT até 2023. Um dos destaques foi o possível crescimento das questões sociais, legais e éticas, incluindo a propriedade e dedução de dados – e a previsão estava correta.

Hoje em dia, uma empresa não deve ser apenas lucrativa e eficaz, mas também precisa ter um impacto socialmente aceitável. Essa mentalidade foi conceituada na sigla de ESG (Environmental, Social e Governance), que diz respeito às empresas que seguem princípios ambientais, sociais e de governança. Uma loja que vende roupas, por exemplo, é cobrada para que tenha um impacto socioambiental positivo. Imaginem, então, uma empresa que cuida dos nossos dados pessoais.

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Essa cobrança se torna ainda mais relevante quando falamos de IoT, pois essa tecnologia está cada vez mais presente na rotina das pessoas, por mais que não percebam. A IoT permite que seres humanos estejam conectados e em sincronia com objetos físicos e virtuais. Sensores inteligentes, como Bluetooth e GPS, são utilizados para que os eletrônicos – e os usuários – sejam controlados. A partir dessa tecnologia, é possível resolver problemas rotineiros de forma rápida, o que atrai as pessoas em um mundo no qual o tempo é um recurso escasso.

Um exemplo do uso dessa tecnologia no Brasil é o acompanhamento da localização dos ônibus em tempo real. Ao acessar um aplicativo, é possível saber quanto tempo vai demorar para o transporte chegar em um ponto específico, o que evita atrasos indesejados. A IoT também atua na área médica, possibilitando que os médicos acompanhem as condições de saúde dos pacientes à distância.

No entanto, a tecnologia vai além de um sistema que faz com que você possa ligar o ar-condicionado do seu quarto antes de chegar em casa. A IoT pretende transformar o funcionamento geral da sociedade, criando cidades inteligentes e conectadas. Pensando no crescimento acelerado, em junho de 2019, foi publicado o Decreto nº 9.854, que institui o Plano Nacional de Internet das Coisas no Brasil, que estabelece conceitos, diretrizes e dispõe sobre a Câmara de Internet das Coisas.

Mesmo assim, é um desafio fazer com que a IoT esteja em conformidade com a segurança total de dados. Vamos supor que há um dispositivo com a função de acender e apagar as luzes de uma casa sob o comando do usuário. Caso esse sistema seja invadido por um hacker, o criminoso pode usar essa informação para saber quando a residência está ou não ocupada. Por isso, no caso dessa tecnologia, o vazamento de dados é ainda mais sério.

Não há dúvidas de que a IoT é amplamente aproveitada, tendo em vista as facilidades oferecidas às pessoas. A necessidade, agora, é que a tecnologia seja socialmente aceita de forma segura. Para isso, é considerável pensar na criação de conselhos de ética, com o objetivo de manter a efetividade da governança dos dados. A conexão é uma certeza, só nos resta aprofundar as questões quanto aos valores éticos de toda essa sinergia.

Renata von Anckën​ é VP de Marketing & Sales​ da Truppe!
Imagem: Shutterstock

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