Setor de alimentação inicia 2025 com expectativa de crescimento e alívio tributário

Governo de São Paulo reduz ICMS para 4%, evitando impacto nos preços e fortalecendo projeções de alta nas vendas

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O setor de alimentação fora do lar inicia 2025 com perspectiva de crescimento nas vendas, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em dezembro. O levantamento aponta que 73% dos empreendedores esperam aumento nas vendas no primeiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2024.

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O governo de São Paulo anunciou a redução da alíquota do ICMS para 4% sobre o setor de Alimentação Fora do Lar, em reunião realizada nesta quinta-feira (26), no Palácio dos Bandeirantes. A medida, que revisa o decreto atual, evita a elevação do imposto para 12% em janeiro de 2025, conforme previsto inicialmente.

Segundo Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, a decisão poderia comprometer a recuperação de empresas do setor. “Estamos diante de um cenário desafiador. Apesar da confiança no crescimento das vendas, o aumento do ICMS em São Paulo é uma medida que ameaçaria a sobrevivência de milhares de empresas. Essa decisão não apenas impactaria os empresários, mas também os consumidores, que sentiriam o aumento dos preços nos cardápios”, afirma Solmucci.

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A pesquisa também destaca os desafios econômicos enfrentados no final de 2024. Cerca de 32% das empresas afirmaram que não reajustaram os preços de seus cardápios nos últimos 12 meses. Para 60%, os reajustes realizados ficaram abaixo ou no mesmo nível da inflação, enquanto apenas 9% conseguiram aplicar aumentos acima da inflação. Esse cenário, somado ao aumento de custos com insumos e energia, continua pressionando as margens de lucro.

O endividamento também permanece elevado no setor. Entre as empresas consultadas, 39% relataram dívidas em atraso. As pendências incluem impostos federais (71%), estaduais (48%), empréstimos bancários (35%), encargos trabalhistas (28%), contas de serviços como água, luz e gás (25%) e fornecedores de insumos (20%).

Apesar das adversidades, o setor mantém expectativas positivas para 2025, impulsionado pelas festividades de fim de ano e pelas projeções de aumento na demanda.

Imagem: Shutterstock

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