O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, usou sua fala inicial na reunião ministerial desta terça-feira, 26, para voltar a chamar de injustificado o tarifaço imposto pelos Estados Unidos contra os produtos Brasileiros. Especificamente sobre o tarifaço, Alckmin disse que o último levantamento do governo dá conta de que 41,3% estão excluídos da tarifa adicional de 40% dos EUA.
Reforçando o discurso feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin disse que o País segue disposto ao “diálogo permanente”. O vice-presidente reconheceu, porém, a dificuldade de negociar com o governo de Donald Trump. “A última conversa com os Estados Unidos foi há algumas semanas”, afirmou e destacou que já manteve uma série de conversas com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e declarou que ‘não há justificativa’ para a taxação, acrescentando que “o Brasil está sendo injustiçado”.
“Lula tem orientado diálogo permanente, soberania, Estado de direito e negociação”, afirmou o vice-presidente na fala dirigida aos demais ministros.
Ele lembrou que a agenda do governo prevê viagem ao México entre quarta-feira, 27, e quinta-feira, 28, quando os países discutirão reações ao tarifaço de Donald Trump.
O México já é o segundo maior destino das exportações brasileiras na América Latina e está entre os dez principais mercados globais para o Brasil. Em 2024, o comércio bilateral ultrapassou US$ 12 bilhões. A negociação de um novo marco comercial entre os dois países é uma prioridade para a indústria brasileira, ganhando ainda mais relevância diante do cenário econômico atual e da busca por maior competitividade no mercado internacional.
“Estamos indo daqui a pouco ao México, Simone Tebet e Fávaro vão conosco”, anunciou Alckmin, referindo-se à ministra do Planejamento e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Com informação do Estadão de Conteúdo (Luiz Araújo, Gabriel Hirabahasi e Giordanna Neves).
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