UE entra com pedido para OMC analisar tarifas da China sobre conhaque europeu

Em nota, o bloco afirma que as medidas chinesas não estão em linha com as regras internacionais

UE entra com pedido para OMC analisar tarifas da China sobre conhaque europeu
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A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), entrou no domingo, 24, com um pedido para que a Organização Mundial do Comércio (OMC) analise as medidas anti-dumping impostas pela China sobre importações de conhaque europeu. Em nota, o bloco afirma que as medidas chinesas não estão em linha com as regras internacionais ou possuem evidências suficientes de acordo com os padrões da OMC.

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“A China não provou que há qualquer ameaça de dano à sua indústria de conhaque, nem que há um nexo causal entre a suposta ameaça de dano e as importações de conhaque da UE”, alegou a Comissão Europeia, acrescentando que tomará “ações fortes para proteger os interesses” da indústria e da economia europeia.

Em resposta, o Ministério do Comércio da China rebateu nesta segunda-feira que as medidas anti-dumping sobre o conhaque europeu “atendem completamente as regras da OMC” e foram aplicadas depois de investigações “justas e imparciais”, dentro da responsabilidade de proteger os interesses de sua indústria doméstica.

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“Vamos lidar com o pedido de análise da UE dentro das regras relevantes da OMC”, afirmou o porta-voz do ministério chinês. “Como membro da OMC, a China sempre utilizou medidas de reparação comercial com prudência e contenção para salvaguardar o comércio justo e livre.”

China defende que EUA “interrompam politização” da economia

A China declarou que se opõe firmemente à promulgação pelos Estados Unidos de regras finais sobre restrições ao investimento no país e afirmou que tomará providências. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, um porta-voz do Ministério do Comércio disse que os EUA generalizaram o conceito de segurança nacional e introduziram restrições discriminatórias ao investimento direcionados à China, o que, segundo ele, é uma prática típica não mercantil.

O porta-voz também observou que as medidas restritivas do país americano envolvem áreas como chips, inteligência artificial e computação quântica. Para ele, a maioria das indústrias relacionadas a estas áreas não envolve segurança nacional, mas serão limitadas pela proibição, alertando que isso interferirá a cooperação econômica e comercial normal entre as empresas chinesas e americanas e prejudicará os interesses de ambas.

A China destacou que espera que os EUA respeitem as leis de mercado, esclareçam os limites da segurança nacional no domínio do comércio, parem de politizar e armar as questões econômicas e comerciais e criem um bom ambiente para a cooperação China-EUA.

Além disso, o porta-voz afirmou que a China tem apontado repetidamente que a investigação anti-subsídios da UE sobre veículos elétricos na China contém muitos aspectos irracionais e é uma abordagem protecionista, que representa “concorrência desleal” em nome da “concorrência leal”.

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

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