Apps do varejo: experiências além de downloads

Apps do varejo: experiências além de downloads
[the_ad id="169690"]

Diante de um cenário de avanço e crescente digitalização no pós-pandemia, nota-se que os consumidores estão cada vez mais adaptados ao mundo online. O amadurecimento dos hábitos de compra no canal digital, as melhorias de navegação, os avanços da tecnologia e da internet, por exemplo, fizeram com que o volume de interações e transações nos smartphones ganhasse ainda mais força. Um levantamento recente da Internet Media Services (IMS) mostrou que, em média, cada aparelho smartphone no Brasil tem 16 aplicativos instalados e que o País é o segundo mercado de aplicativos de compras que mais cresce no mundo.

[the_ad id="138406"]

De fato, os dados apontados acima são animadores para as empresas que possuem aplicativos disponíveis aos seus clientes. Porém, num mercado cada vez mais digitalizado e competitivo, surge mais um desafio para as marcas que atuam no varejo: garantir o interesse do usuário no app com o passar do tempo.

Antes de tudo, todo varejista deve ter clareza da real proposta de valor do aplicativo, ou seja, qual a promessa de benefícios que faz aos seus usuários. Nela, é preciso explicar de forma objetiva que benefícios ou vantagens específicas os usuários terão ao utilizar a ferramenta. É importante ressaltar que uma proposta de valor não é um slogan ou frase de efeito, mas sim uma resposta para a pergunta: “Por que as pessoas vão usar o meu aplicativo?”

[the_ad_group id="11688"]

Outro ponto importante é que as marcas do varejo devem estar cientes de que o processo de engajamento e fidelização de um aplicativo começa a partir da instalação. Mais do que conseguir downloads, manter os clientes ativos requer estratégias específicas a longo prazo, a fim de conquistar resultados satisfatórios dentro dos objetivos de marketing, bem como converter em vendas.

Após conquistar o download, é imprescindível estar atento às experiências do usuário durante toda a sua jornada de navegação e de compra. Os aplicativos de varejo próprios da marca possibilitam uma experiência ainda mais personalizada para os clientes, uma vez que geram informações e dados valiosos sobre o perfil e identificação de personas reais. Desse modo, todas as estratégias devem centralizar o consumidor para que ele tenha acesso e possa explorar todas as funcionalidades, soluções, benefícios e inovações que seu aplicativo pode oferecer.

O Ibope Conecta desenvolveu uma pesquisa e revelou que 26% das pessoas que acessam a internet contam com pelo menos um aplicativo de desconto instalado no celular. Desses consumidores, 71% responderam terem baixado ao menos um aplicativo de supermercado. A pesquisa ainda trouxe o dado de que 77% desses clientes verificam as ofertas no aplicativo antes de ir ao ponto de venda efetuar a compra.

Por outro lado, a satisfação dos usuários de aplicativos de varejistas ainda deixa a desejar, pois 42% dos entrevistados responderam que as ferramentas podem melhorar e oferecer mais benefícios e ofertas exclusivas para os clientes. Outros 14% disseram que esperavam ofertas melhores pelos apps. E as razões que levam esses consumidores a apagarem um app de um varejo do celular são: não ter ofertas ou poucos benefícios oferecidos, não funcionar bem e ocupar muita memória do celular.

Isto posto, há diversas formas de melhorar cada vez mais a experiência dos usuários nos aplicativos do varejo e, assim, mantê-los sempre engajados e fidelizados:

1. ASO (Otimização da app store)

O aprimoramento contínuo de um aplicativo requer uma compreensão da sua base de clientes, bem como de suas constantes necessidades. A fim de reter e manter usuários, é imprescindível corrigir com frequência os possíveis bugs (erros); investir em boas imagens, descrições e vídeos demonstrativos; inovar nas funcionalidades; fazer melhorias constantes no design; e usabilidade e estar atento aos reviews (avaliações).

2. Experiência do usuário (UX/UI)

UX é uma abreviação para User Experience. Trata-se de uma área cujo objetivo é garantir que o usuário tenha a melhor experiência de uso com relação a algum produto ou serviço. De maneira resumida, os quatro pilares da experiência do usuário são: usabilidade (o app deve ser simples de navegar); utilidade (o conteúdo deve ser útil e relevante ao usuário); acessibilidade (o acesso ao material deve ser facilitado); funcionalidade (a página precisa cumprir o objetivo para o qual ela foi pensada). Em paralelo temos a UI (em inglês, User Interface) que faz parte da UX, mas cuida especificamente da parte visual do app, desde as cores até os comandos.

Outro ponto importante é a otimização da jornada de compra, eliminando barreiras que ocupem muito tempo do usuário, tais como: muitas etapas para se cadastrar; falta de opções rápidas para logar; falta de comunicação sobre atualizações, entre outros.

3. Notificação Push

Push notification, ou notificação push, vem do inglês “empurrar”, ou seja, é uma mensagem enviada ao usuário por aplicativos. Essas notificações aparecem na tela do dispositivo e são extremamente importantes como ferramenta de marketing, pois facilitam a comunicação por meio da entrega instantânea de mensagens personalizadas e segmentadas, além de serem totalmente gratuitas para as empresas. É recomendado um planejamento para dosar o envio de pushs a fim de evitar desabilitações de notificações ou até mesmo exclusões dos apps.

4. Ofertas personalizadas, programas de fidelização e recompensa

É muito importante, para o engajamento do app, manter uma programação de descontos e cupons sempre atualizada. Oferecer benefícios e recompensas claras ao consumidor é sempre uma troca muito significativa para mantê-lo ativo. É recomendado investir em cupons personalizados, descontos progressivos e ofertas-relâmpago para manter o usuário ativo e, acima de tudo, focado em comprar.

5. Diversificação das funcionalidades

Apostar em novas e diversificadas funcionalidades pode ser um diferencial competitivo. Alguns serviços podem manter o usuário cada vez mais engajado, principalmente quando apresentam maior interatividade também com a loja física, tais como: scan and go (tecnologia que permite comprar online dentro da loja física), leitura de código de barra de produtos, formas de pagamento diversificadas, a montagem ou automatização de lista de compras por comando de voz, a presença de chatbot para auxiliar o consumidor durante a jornada de compra, agendamento de filas e senhas na loja física, entre outros.

Fernanda Dalben é diretora de marketing da rede de Supermercados Dalben.
Imagem: Envato/Arte/Mercado&Consumo

Sair da versão mobile