A Consolidated Burger Holdings (CBH), uma das maiores franqueadoras do Burger King nos Estados Unidos, recorreu ao Chapter 11 da Lei de Falências dos EUA, equivalente à recuperação judicial no Brasil, por dívidas que chegam a quase US$ 37 milhões a credores.
A companhia é responsável por administrar 57 restaurantes do Burger King nos estados da Flórida e da Geórgia, que no último ano registraram um prejuízo de US$ 15 milhões.
A CBH é controlada pela Restaurant Brands International (RBI) e tem como principal acionista a 3G Capital, do empresário suíço-brasileiro João Paulo Lemann, o terceiro homem mais rico do Brasil e considerado o “Rei do Hambúrguer”. A aquisição do Burger King pela 3G Capital ocorreu em 2010, com um investimento de mais de US$ 1 bilhão.
Saída da Argentina
O grupo mexicano Alsea, responsável pela operação do Burger King na Argentina, colocou a rede de fast-food à venda e iniciou a busca por potenciais compradores. A decisão faz parte de um movimento de reestruturação regional da companhia, que também avalia ajustes em outros mercados da América Latina, como Chile e México.
O Burger King desembarcou na Argentina em 1989 e hoje conta com 118 unidades distribuídas em 11 cidades. A marca ocupa a segunda posição no mercado argentino, atrás apenas do McDonald’s e à frente da rede local Mostaza.
Segundo informações do jornal argentino La Nación, embora os motivos específicos para a saída ainda não tenham sido revelados, algumas hipóteses foram levantadas por analistas ouvidos pela reportagem, entre elas as crônicas instabilidades monetárias e pressão inflacionária, que dificultam o planejamento de longo prazo para empresas com grandes operações físicas e custos em moeda local.
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