Funcionários dos Correios podem retornar ao trabalho hoje depois de decisão judicial

Movimento no Centro de Tratamento de Encomendas dos Correios, em Benfica

Após 35 dias em greve, funcionários dos Correios devem voltar ao trabalho nesta terça-feira (22). Ontem, no julgamento do dissídio da categoria, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou reajuste de 2,6%. A maioria dos ministros também entendeu que o movimento, que começou em 17 de agosto, não foi abusivo.

De acordo com a decisão, metade dos dias de greve será descontada do salário dos empregados e a outra metade terá de ser compensada. No caso de descumprimento da decisão de retorno imediato, a multa diária foi fixada em R$ 100 mil.

Em nota, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa dos Correios e Similares (Fentect), criticou a decisão do TST.

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“Essa decisão representa mais um ataque aos direitos da classe trabalhadora e um retrocesso para nossa categoria”, disse José Rivaldo da Silva, secretário-geral da federação.

Para entidade, reajuste é insuficiente

A entidade considerou o reajuste insuficiente e reclama, ainda, da redução dos dias de licença-maternidade na empresa, que passará de 180 dias, como praticada em todo o governo federal, para 120 dias.

A Fentect ainda orienta todos os sindicatos filiados a manterem a realização de assembleias previstas para hoje, para analisar a proposta e “decidir de forma coletiva e democrática sobre o resultado do julgamento”.

Retomada de serviços

Os Correios também se manifestaram sobre o resultado do dissídio. Também em nota, a empresa esclareceu que segue executando o plano de continuidade do negócio, com a realização de mutirões de entrega, inclusive em fins de semana e feriados, com o objetivo de reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados à população.

A estatal acrescentou que, desde o mês de julho, buscou negociar os termos do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, de maneira “a fortalecer as finanças e preservar sua sustentabilidade”.

“A empresa agora empreenderá todos os esforços para recompor os índices de eficiência dos produtos e serviços, considerados essenciais, nesse momento em que a população brasileira mais precisa”, garante o documento.

Com informações da Agência Brasil

Imagem: Agência Brasil

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