O estopim da retomada do consumo

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A confiança do consumidor atingiu o seu maior índice desde 2014 e voltou ao seu patamar pré-crise, podendo esse ser o marco da retomada do crescimento do consumo no Brasil.

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Dentre os indicadores macroeconômicos que direcionam o consumo – emprego, renda, crédito e confiança do consumidor – o último é o indicador que responde mais rápido positiva ou negativamente e que possui a maior correlação com o desempenho do setor, afinal, ele é o indicador que mede o animus do consumidor e sua predisposição para comprar.

Não é possível afirmar quantitativamente o que determina o aumento ou queda da confiança, mas sabemos que ela é fortemente influenciada pelo noticiário, pelo cenário econômico, pela geração de empregos, pela melhoria na qualidade do emprego, pelo aumento da renda, controle da inflação, entre outros fatores.

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Impacto da crise na confiança dos consumidores

O gráfico abaixo conta uma história interessante, depois de atingir o seu maior patamar em meados de 2012, a confiança dos consumidores apresentava tendência de queda com o desaquecimento da economia brasileira, principalmente durante todo o ano de 2014. Porém, notem que há uma queda abrupta da confiança do consumidor à partir de 2 de janeiro de 2015, marcando assim o início do pior ciclo negativo no consumo que já tivemos em nossa história.

O fator que precipitou essa queda repentina na confiança foi a liberação dos preços que estavam sendo controlados artificialmente pelo governo – energia, transporte, combustíveis – devido à campanha eleitoral de 2014, evento esse batizado na época de tarifaço. Com a perda do poder de consumo e em meio uma crise político-econômica, o consumidor deixou de ir às compras, aprofundando ainda mais o ciclo negativo que já estava iniciado.

Cenário atual

Após atingir o menor patamar de confiança desde o início da medição desse indicador pela FGV em 2005 e amargarmos praticamente quatro anos com o indicador entre 80 e 85 pontos, a atual conjuntura parece começar a conspirar a favor: inflação controlada, juros baixos, melhora no cenário de emprego e menor incerteza política. Tudo isso propiciou um forte aumento da confiança que atingiu o seu maior valor em quatro anos e volta ao seu patamar pré-crise.

Não são apenas os consumidores

O empresariado compartilha do otimismo dos consumidores, a confiança dos empresários do setor de comércio e serviços também mostra um retorno ao patamar pré-crise.

 

 Mas…

Sempre tem um “MAS” e aqui não seria diferente. O crescimento da confiança está alavancado pela perspectiva futura dos consumidores, ou melhor, os brasileiros acreditam que sua situação econômica irá melhorar, mas ainda não sentiram essa melhoria no seu dia-a-dia (confiança atual). O problema disso é que a confiança futura é mais volátil e sujeita a instabilidades com bastante facilidade. Um eventual tropeço na economia ou na política com certeza cobrarão um valor caro na confiança dos brasileiros.

Mesmo com esse potencial risco, o mercado continua confiante e projeta um crescimento do PIB acima da inflação de 2,8% para 2019 – algo como 7% nominalmente – impulsionado pela aceleração da economia e pela retomada do emprego.

* Imagem reprodução

 

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