Integração no varejo fortalece micros e pequenos empresários

A integração do pequeno varejo foi tema de debate no Latam Retail Show

A integração no varejo transforma o complexo em simplicidade e eficiência para o micro e pequeno empresário. Ajudá-lo a reformular seu processo estrutural e de venda e fortalecê-lo é mais do que uma questão estratégica e comercial, mas principalmente social. Como ajudar esses pequenos negociantes para que alcancem o sucesso foi o tema do painel “Mercês: o poder da integração no varejo e consumo”, durante a 10ª edição da Latam Retail Show 2025 sponsored by IBM, no Expo Center Norte, em São Paulo.

A apresentação teve a participação do diretor-geral da Gouvêa Ecosystem, Marcos Gouvêa; do sócio-diretor da Gouvêa Consulting, Jean Paul Rebetez; do head of business da Sensei, Gilmario Cavalcante; da CEO da TroianoBranding, Cecília Troiano; da fundadora e managing director e CEO da Compra Agora, Thaise Hagge; da CEO da Juntos Somos +, Juliana Carsoni; e do sócio-fundador do Estúdio Jacarandá, Renato Diniz.

“O proprietário de uma mercearia de bairro hoje, por exemplo, sente-se completamente isolado, tem equipe super enxuta e concentra em si a maior parte do peso do negócio”, diz Cecília, que fez uma pesquisa com 120 pequenos varejistas para entender seus desafios e oportunidades. Segundo ela, 61% não têm nenhum controle automatizado de suas operações e 77% consideram como seu maior desafio a questão financeira.

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“Precisamos, juntos, dar oportunidades para que eles se desenvolvam e se mantenham relevantes”, reforça Marcos Gouvêa. Pensando nisso, contou que a Gouvêa Ecosystem lançou um projeto para apoiar mais de 450 mil pequenas mercearias de bairro pelo Brasil. A iniciativa busca apoiar os comerciantes na adaptação às mudanças do setor, no crescimento dos negócios e na permanência no mercado, diante de desafios que envolvem operação, processamento, abastecimento e acesso ao crédito.

Integração é o nome do jogo

A Juntos Somos +tem apoiado micros e pequenos empreendedores da construção civil, um setor descrito pela CEO Juliana como “pouco informatizado e fragmentado”.

O movimento de fortalecimento desses negócios também passa pela transformação dos pontos de venda. No campo do design e da arquitetura, Diniz, do Estúdio Jacarandá, tem trabalhado na renovação de espaços comerciais, renovando o layout de lojas muitas vezes descritas como “caóticas, desordenadas e desorganizadas”.

Na ponta da cadeia de abastecimento, a plataforma Compra Agora atua para aproximar diferentes elos. “Ajudamos a conectar a indústria e o distribuidor com o varejista”, afirma Thaise.

A integração aparece como prioridade para todos os setores envolvidos. “Integração é o nome do jogo”, destaca Rebetez, da Gouvêa. Opinião compartilhada por Cavalcante, do Grupo Martins, que aposta em treinamento de empresários, suporte em marketing, monetização dos pontos de venda e redução de custos. Para ele, qualquer transformação precisa respeitar a essência dos pequenos negócios: “É preciso entender a realidade dessas pessoas que aprendem tudo intuitivamente e fazer as mudanças com respeito, mantendo a alma do negócio.”

Reportagem: Dahpne Kopelman.
Imagem: Mercado&Consumo

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