Bancos do Futuro – qual o papel das agências bancárias num ambiente cada vez mais digital?

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Lá na distante Parnaíba, município brasileiro do estado do Piauí, com população de pouco mais de 150 mil habitantes, a TecBan inaugurou a pouco mais de três meses, de maneira discreta, sem estardalhaço, sua primeira loja conceito. A TecBan é a empresa que administra os “Bancos24Horas” em todo o Brasil. A iniciativa faz parte de um projeto piloto que testa o conceito dos “Espaços Multibanco”. Parnaíba é a primeira cidade do Brasil a receber este modelo de atendimento e foi escolhida para o projeto por ser um município relevante em um estado onde existe a procura por serviços dos terminais do Banco24Horas. Mas o que é um espaço Multibanco?

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Trata-se de um imóvel onde se constrói uma agência bancária sem atendimento humano, praticamente autônoma, apenas com equipamentos de caixas eletrônicos (ATM). O espaço permite que clientes de mais de 40 instituições financeiras sejam atendidos num mesmo local, com acesso a saques, consultas de saldo, emissão de extrato e pagamento de contas, entre outras transações, sem pagar nada a mais por isso. Além de caixas eletrônicos, a população conta também com uma área de convivência climatizada e com wifi gratuito. Também está prevista para a segunda fase do projeto a incorporação de outros serviços como atendimento bancário pessoal e outras parcerias.

Bom, enquanto as criptomoedas não se tornarem populares e passarem a fazer parte do dia a dia da população, por aqui as agencias físicas bancárias terão ainda vida longa. Porém, os testes em Parnaíba podem ser o futuro que está sendo delineado para as agências bancárias no país.

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Num passado recente, visitar diariamente uma agência bancária fazia parte da rotina do brasileiro. Aí surgiram os internet banking, que se aperfeiçoaram com o tempo e evoluíram para os aplicativos utilizados em smartphones e tablets. Este fenômeno tem desencadeado a migração das transações bancárias de clientes das agências para canais digitais. Mas uma nova revolução está em curso, tornando o cenário extremamente competitivo com o advento das fintechs. Essas plataformas digitais de serviços financeiros, com apoio do Banco Central, se multiplicaram nos últimos anos e têm avançado sobre mercados lucrativos dos grandes bancos, como os de crédito ao consumo e o de meios de pagamentos.

Por este cenário, é certo afirmar que a migração das transações digitais sobre as transações físicas é um caminho sem volta. Os bancos serão digitais. E qual o papel das agências físicas? A “Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2018” aponta que, em 2017, o mobile banking, caiu definitivamente no gosto dos clientes. Segundo a pesquisa, já são 56 milhões de contas ativas neste canal.

A mesma pesquisa aponta também que em regiões de melhor poder aquisitivo como o Sul e o Sudeste, com maior penetração de tecnologia, apenas eventualmente os clientes precisam recorrer às agências físicas e só para tratar de assuntos de maior complexidade. Esta é a realidade que começa se formar, sobretudo nas grandes cidades e capitais – regiões que deverão diminuir proporcionalmente a quantidade de agências físicas. Porém, num país de dimensões continentais com enormes desigualdades, em regiões com baixa escolaridade e baixa penetração da internet, ainda persistirá a necessidade da presença das agências bancárias.

É aí que Parnaíba volta em cena. Uma cidade pequena, localizada na região Nordeste, onde as dificuldades financeiras impedem a compra de smartphones sofisticados e a contratação de planos de internet móvel com grande capacidade, está sendo palco dos testes dos novos modelos de agências. A unidade de Parnaíba conta com o uso intenso da automação; sistemas de segurança e monitoramento de última geração; poucos ou nenhum atendente ou funcionários fixos; multibandeira e abertas 24 horas. É ou não é a agência bancária do futuro?

* Imagem reprodução

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