Sete das oito capitais analisadas pela Cesta de Consumo, da Neogrid-FGV, registraram queda no preço da cesta básica em junho de 2025. A única exceção foi Manaus, onde houve alta de 0,86%. Apesar da tendência de recuo, o Rio de Janeiro tem a cesta mais cara entre as capitais pesquisadas, a R$ 969,40, valor 1,75% inferior ao de maio.
O levantamento monitora mensalmente 18 itens alimentícios. O arroz foi o destaque de queda generalizada em todas as capitais, com recuos semestrais mais expressivos em São Paulo (-7,86%), Brasília (-7,09%) e Rio de Janeiro (-5,74%).
Em São Paulo, o preço médio da cesta caiu 1,04% em junho, mantendo a tendência de queda registrada desde maio. No semestre, a retração acumulada é de 4,58%. Curitiba teve a maior queda mensal entre as capitais, com redução de 3,45%, seguida por Belo Horizonte (-2,24%).
Salvador, Fortaleza e Brasília também registraram recuos em junho, mas acumulam inflação no semestre. A capital baiana teve queda de 0,73% no mês, mas lidera a alta semestral com 5,55%. Em Fortaleza, o preço recuou 0,91% em junho, mas subiu 3,36% no semestre. Brasília registrou baixa de 0,76% no mês, porém ainda acumula alta de 1,09% no ano.
Manaus foi a única capital a registrar alta em junho, mas no acumulado semestral apresenta a maior deflação entre todas as cidades: -6,46%, com a cesta básica passando de R$ 814,39 em janeiro para R$ 761,81 em junho.
Entre os 33 produtos da cesta ampliada, o chocolate foi o principal responsável pelas altas, com aumento em sete das oito capitais. Alimentos processados, como a linguiça, também subiram na maioria das localidades, com exceção de São Paulo, onde houve leve recuo de 0,09%.
A manteiga e o café, tanto em pó quanto em grãos, encareceram em todas as localidades analisadas. A elevação dos preços desses itens está associada a fatores climáticos, como estiagens prolongadas e geadas, além do aumento nos custos de insumos para a produção de leite e café.
Imagem: Envato