Haddad: política da Petrobras permitiu cortar preço de combustível sem pressão inflacionária

Ele criticava projeto de lei aprovado durante o governo Jair Bolsonaro que zerou a cobrança de ICMS sobre combustíveis

Haddad: política da Petrobras permitiu cortar preço de combustível sem pressão inflacionária
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou a mudança na política de preços da Petrobras e disse que não era possível manter o preço da gasolina baixo com “dinheiro do governador”. Ele criticava projeto de lei aprovado durante o governo Jair Bolsonaro que zerou a cobrança de ICMS sobre combustíveis.

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Haddad ainda lembrou que o acordo de compensação das perdas estaduais só foi firmado este ano, na ordem de R$ 26,9 bilhões.

“A mudança de preço da Petrobras, com dólar em queda e petróleo em queda, você consegue acomodar isso sem pressão inflacionária, pelo contrário, ajudando no combate à inflação, mas sem desorganizar as contas dos governadores”, respondeu Haddad, aos questionamento de deputados em sessão conjunta da Câmara.

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Reforma tributária

Na audiência, Fernando Haddad disse acreditar que, após décadas de análise entre os parlamentares, a reforma tributária poder ser votada na Câmara dos Deputados a partir de junho. Segundo o ministro, a nova legislação será progressiva mesmo em relação aos impostos sobre consumo.

“A reforma tributária em relação ao imposto sobre consumo, ela é progressiva por duas razões: uma porque vai ter uma alíquota menor sobre os bens adquiridos pelos trabalhadores, por quem tem renda menor. E a segunda é que poderá ter uma autorização para fazer o cashback, devolver os tributos cobrados sobre os produtos que imaginar, [como] cesta básica”, disse.

Haddad explicou que as novas regras “encadearão os setores”. “Assim, traz mais contribuintes para a base tributária e se consegue ter alíquotas mais decentes no tempo.”

“A reforma tributária que já poderia ter sido votada e não foi porque queriam criar um imposto novo, voltar com a CPMF”, disse. “Aquilo seria um atraso. Foi muito bem não aprovar um imposto com a volta da CPMF. Agora, não. Eu acredito que nós podemos votar em junho, aqui na Câmara, a PEC da Reforma Tributária”, completou.

Próximas etapas

Segundo o ministro, está na perspectiva da pasta a discussão sobre transição ecológica e sobre recursos para educação. “Vencida a etapa da regra tributária e da reforma tributária, teremos uma avenida para discutir o que é estratégico para o país. Nós vamos poder discutir a questão da transição ecológica, nós temos que rediscutir a questão da educação brasileira. Ontem saíram indicadores de analfabetismo de crianças extremamente preocupantes”, disse. “Não dá para continuar convivendo com taxa de crescimento de 1% ao ano em média. Este ano nós devemos crescer próximo de 2%, mas, na minha opinião, é pouco. Temos tudo para crescer acima da média mundial”, acrescentou.

Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil.
Imagem: Shutterstock

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