Giraffas deixa crise para trás e mira salto na receita em 2023

Companhia espera abrir até 40 novas unidades pelo País no ano que vem

Giraffas
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A pandemia de covid-19 fez o faturamento do Giraffas despencar. De 2019 para 2020, a rede de fast food brasileira viu seu caixa encolher quase 50%, com o movimento de clientes caindo até 80% no período. Dois anos mais tarde, a companhia espera encerrar 2022 com a retomada do crescimento e com faturamento de R$ 800 milhões, o maior em oito anos. O resultado representaria um aumento nominal (sem descontar a inflação) de 7% na receita em relação a 2019, no período pré-pandemia. Para o próximo ano a meta é mais audaciosa: o fundador da companhia, Carlos Guerra, estabeleceu alcançar o seu “primeiro bilhão” de faturamento.

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Apesar de o movimento nas lojas ter crescido, a rede de fast food ainda não conseguiu alcançar um crescimento real, ou seja, descontando a inflação para o período. Isso porque, segundo a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para garantir um crescimento real de 2019 a 2022, a empresa teria que encerrar o ano com um faturamento na casa dos R$ 900 milhões. “Nosso setor foi contundentemente atingido pela pandemia, mas conseguimos nos adaptar rapidamente e estamos voltando a crescer”, conta Guerra.

Para atingir o objetivo de crescimento real e de atingir pela primeira vez um faturamento de R$ 1 bilhão (o que representaria crescimento real de 25% de um ano para o outro), o empresário pretende desembolsar R$ 62 milhões em 2023, em três eixos principais: marketing, reformas e abertura de novas unidades. “Estamos projetando um ano excelente em 2023, muito pelo fim dos reflexos do home office”.

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Segundo Guerra, metade desse dinheiro deve ser investido no processo de expansão do número de unidades. A Giraffas espera abrir até 40 novas unidades pelo País. Para as lojas já em operação, a rede deve gastar até R$ 4 milhões com reformas e modernizações, além de um pequeno aporte de R$ 2 milhões destinados a novas tecnologias e treinamento.

Arroz com feijão

Na avaliação de Cristina Souza, presidente da Gouvêa Foodservice e colunista da Mercado&Consumo, planos de ampliar o faturamento, como no caso do Giraffas, devem ser impulsionados pela junção de fatores como retomada do trabalho presencial e o aumento no número de empregos com carteira assinada. “O emprego impulsiona demais os negócios de “foodservice”, porque as pessoas estão na rua e precisam se alimentar”, analisa. “Eles têm uma refeição que o brasileiro gosta muito, que é o arroz com feijão, combinado a um preço competitivo.”

Outro ponto importante dentro dos planos de Guerra está na estratégia de marketing da companhia. Em 2023, um terço do valor disponível para investimentos será destinado à expansão da marca. “Nosso negócio está em um mercado muito competitivo do ponto de vista de marketing, por isso a necessidade de investir cada vez mais na nossa comunicação.”

Além das já tradicionais inserções nos canais de TV aberta, no ano que vem a empresa trará mais ações para as suas redes sociais e ampliará o leque de campanhas nacionais, para aumentar o nome da marca fora do eixo Brasília-São Paulo.

A especialista da Gouvêa Foodservice acredita que para alcançar a meta Guerra terá de trabalhar em ações tanto do ponto de vista operacional da rede, conversando com fornecedores e aprimorando seus processos produtivos, quanto na comunicação, mas que o resultado é possível e está dentro do crescimento esperado para o setor de alimentação fora de casa no próximo ano.

Marmitas

Criada pelo Giraffas durante o período mais crítico da pandemia, a marca de marmitas Saffari cresceu no último ano e deve ajudar a atingir as metas do próximo ano, diz Carlos Guerra. Segundo ele, a expectativa para a empresa é encerrar 2022 com um faturamento de R$ 8 milhões com as entregas de marmitas, e triplicar este valor no ano que vem.

Com informações de Estadão Conteúdo (Wesley Gonsalves).
Imagem: Divulgação

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