Poucos consumidores conhecem seus direitos, mostra pesquisa do Reclame Aqui

Apenas 14,4% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento de todos os seus direitos

Poucos consumidores conhecem seus direitos, mostra pesquisa do Reclame Aqui
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Comprar é preciso. Nem que seja para apenas abastecer a casa. A operação trivial e necessária, no entanto, pode acabar em prejuízo ou em muita dor de cabeça quando o consumidor desconhece os seus direitos. De um lado, exigir não é sinônimo de poder, caso o comprador reivindique direitos que não constam do Código de Defesa do Consumidor (CDC) ou tenha assinado contrato de compra e prestação de serviço sem leitura atenta. De outro, a falta de conhecimento leva os clientes a enormes perdas, como práticas abusivas, juros acima do permitido, promoções enganosas, contratos maliciosos, impossibilidade de devolução ou troca com prazo diferente daquele determinado pelo CDC.

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Embora as lojas físicas sejam obrigadas por lei a manter um código de fácil acesso ao consumidor nos pontos de venda, uma pesquisa realizada pelo Reclame Aqui (RA), plataforma digital para reclamações dos consumidores e consulta sobre a reputação das empresas, mostra que apenas 14,4% afirmam conhecer todos os seus direitos, mas 93,8% fariam compras com mais segurança se conhecem melhor o Código de Defesa do Consumidor. Foram entrevistados 4,3 mil usuários do site entre os dias 7 e 8 de março.

Entre os respondentes, 67,7% disseram conhecer parcialmente e 17,9% afirmaram não conhecê-los. No entanto, a maioria, 81%, sabe que toda loja deve ter um CDC e apenas 19% dos respondentes precisaram consultá-lo.

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A pesquisa do RA foi divulgada nesta sexta-feira, 15, Dia do Consumidor, e alerta os compradores sobre a importância de conhecer os seus direitos.

Perfil de consumo 2024

O Reclame Aqui também incluiu em seu levantamento perguntas que geraram um perfil de consumidor para o ano de 2024. De acordo com os resultados, 60,8% dos compradores planejam gastar menos que em 2023 e cerca de um terço deve manter o mesmo nível. Estão no radar desses consumidores os gastos com: roupa, calçados e acessórios (17,8%), eletroportáteis e eletrodomésticos (11,7%), pacotes aéreos ou pacotes de viagem (11,3%) em produtos de beleza e higiene pessoal (10,9%).

O principal meio de pagamento para as compras continua a ser o cartão de crédito (40,9%), seguido bem de perto pelo Pix (30,7%). O e-commerce é disparado o principal meio de compra desses usuários. Lojas online e marketplaces ganharam a preferência de 39,7% público, enquanto 15,8% optam por comprar via WhatsApp e redes sociais. Vale ressaltar que quando se trata de loja física, a maioria prefere fazer comprar no comércio do bairro (23,4%) e 21%, em grandes redes.

Esse cliente compra por diversos dispositivos eletrônicos, alternando entre celular, notebook e tablet (57,7%). Porém, a preferência pelo celular (30,6%) é significativamente maior que pelo computador (11,7%).

A principal dificuldade para as compras online é a incerteza sobre segurança e a reputação da loja. Para esse e os demais critérios que mais contam na hora de escolher a loja, uma marca ou um produto, o digital shopper se baseia na opinião dos demais consumidores, sendo que 24,3% procuram informações na plataforma do Reclame Aqui.

E, por falar em confiança, a expectativa do consumidor para este ano em relação às empresas não tem a ver com preço: 37,7% esperam que elas cumpram o que prometem, como os preços marcados, prazos e entregas, e melhorem o atendimento em todos os canais de comunicação (19%).

Imagem: Shutterstock

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