Outlet Exagerado desembarca no RJ após faturar mais de R$ 30 milhões em SP

CEO do Exagerado concedeu uma entrevista à M&C para falar um pouco sobre os bastidores do evento

Após estrear em São Paulo, o Outlet Exagerado desembarca no Rio de Janeiro para sua primeira edição no Estado, entre os dias 12 e 16 de novembro, no Riocentro.

Na capital paulista, a primeira edição foi realizada entre os dias 26 e 29 de setembro, e o Exagerado faturou mais de R$ 30 milhões em quatro dias de evento. O retorno à cidade já está marcado para março de 2026.

“Começamos o processo de nacionalização recentemente. Já vínhamos mapeando essa expansão há dois anos e, neste ano, conseguimos realizar São Paulo. Agora, em novembro, chega a vez do Rio”, contou Victor Castro, criador e CEO do Exagerado, em entrevista exclusiva

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Victor Castro, criador e CEO do Exagerado

à Mercado&Consumo, na qual falou sobre os bastidores e resultados da primeira edição em São Paulo.

“A gente já faz esse trabalho há mais de 11 anos aqui no Espírito Santo [onde o Exagerado nasceu]. E tanto para o cliente final quanto para as marcas e empresas participantes do evento, a gente precisou construir esse trabalho de contracultura”, explica Castro.

Confira os melhores momentos da entrevista:

M&C: Como foi realizar a primeira edição do Exagerado em São Paulo?

Victor: No início, foi um desafio para as marcas entenderem que é uma feira, mas ao mesmo tempo não é. É um festival, mas também não é exatamente um festival. A rapidez que precisamos na execução foi um ponto importante: são quatro dias com um volume de vendas muito grande. Por isso, cuidar da logística foi essencial — desde a separação dos produtos, quais itens seriam disponibilizados, quando chegariam, até a montagem dos estandes. Tivemos que organizar tudo com muito cuidado.

M&C: E como foi a recepção do consumidor? Todas as expectativas que vocês tinham foram atendidas?

Victor: Existe muito preconceito em relação a eventos de varejo, principalmente quando se utiliza a palavra “feira”. Em nenhum momento nos referimos ao Exagerado exatamente assim, porque a palavra “feira” carrega um preconceito, transmitindo pouco valor agregado. A ideia do evento é ter a pegada de um saldão, de um outlet, mas em São Paulo precisávamos lidar com o receio das pessoas: “Será que é produto falsificado?” ou “Será que esses produtos têm garantia?”. Como tínhamos eletroeletrônicos, geladeiras, televisores e outros itens, enfrentamos algumas dificuldades que conseguimos superar.

A prova social foi muito importante: as pessoas foram, conferiram que eram as marcas originais e que os produtos eram legítimos. Superou muito nossas expectativas, tanto em relação às marcas quanto aos preços. Nunca tínhamos visto nada igual. Quem participou do evento e comprou, fez um excelente negócio. As marcas realmente colocaram produtos e descontos que até então não estávamos acostumados a ver, nem mesmo no Espírito Santo.  Então, acho que isso superou muito as nossas expectativas. 

M&C: Falando em números, qual foi o resultado do evento?

Victor: Nos dados principais, entre alimentos, bebidas e as operações dos estandes, tivemos uma média de 70 operações. Conseguimos gerar diretamente cerca de 2.500 postos de trabalho. Os números ainda estão sendo levantados, mas devemos ultrapassar 30 milhões em vendas nos quatro dias de evento, que recebeu, em média, 80 mil pessoas.

M&C: E quais foram as categorias e marcas que mais se destacaram nesta primeira edição do Exagerado em São Paulo?

Victor: Tivemos duas categorias que se destacaram disparadamente: eletroeletrônicos e eletrodomésticos. A própria Casas Bahia ficou muito impressionada com o volume de vendas. Eles fizeram muitas promoções e realmente entraram no jogo. Tivemos um saldo de iPhones que acabou rapidamente, além de televisores de todos os tamanhos que se esgotaram e precisaram ser repostos todos os dias.

Foram quatro dias com um volume de vendas que, acredito, vai entrar para a história — não só para nós, mas também para a Casas Bahia. Foi um destaque muito positivo.

M&C: E falando em marcas, vocês já tiveram algum feedback sobre essa estreia?

Victor: As marcas estão muito felizes. No primeiro momento, elas ficaram bastante curiosas, porque é um formato novo. Foi preciso entender toda a parte contábil, fiscal, logística e operacional, que é bem diferente de quem trabalha em uma loja tradicional.

A gente já começou a receber os principais feedbacks, e o que mais ouvimos é que, em quatro dias, praticamente 100% das marcas tiveram um volume de vendas muito maior do que em 30 dias de uma loja comum. Conseguimos superar essa expectativa inicial.

Praticamente todo mundo comentou: “O que eu vendi em quatro dias, não vendo em um mês nas minhas melhores operações.” E isso é ainda mais interessante porque estamos falando de um produto que é considerado um desafio — não se trata de uma coleção nova, com todos os tamanhos e grades disponíveis.

Imagens: Divulgação

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