Pelo sexto mês consecutivo, inadimplência do consumidor tem leve queda

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Brasil tem 16,8 milhões de negativados na faixa dos 30 anos de idade; dívidas com o comércio tem a queda mais expressiva, aponta pesquisa

O volume de brasileiros com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores voltou a apresentar queda no último mês de agosto. Segundo dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) houve uma leve retração de -0,41% na quantidade de inadimplentes na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês do ano passado, o que configura a sexta queda consecutiva na série histórica do indicador. A última vez em que se observou um aumento no número de devedores havia sido em fevereiro deste ano, quando a alta fora de 0,41%.

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Na comparação mensal, ou seja, na passagem de julho para agosto, sem ajuste sazonal, o indicador apresentou queda de 0,06%. As entidades estimam que o Brasil encerrou o mês de agosto com aproximadamente 59,1 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas.

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Por região

Dados mais detalhados do indicador revelam que houve queda generalizada no volume de inadimplentes em todas as regiões do país. A mais acentuada foi na região sudeste, cuja retração foi de -5,07% em agosto frente o mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Sul, que apresentou queda de -3,70% na quantidade de devedores. As variações também foram negativas no Centro-Oeste (-0,76%), Norte (-0,65%) e Nordeste (-0,27%).

Mesmo encabeçando a liderança entre as regiões onde a inadimplência mais recuou, é na região Sudeste em que se concentra a maior quantidade de consumidores com contas em atraso, em termos absolutos: 24,45 milhões – número que responde por 37% do total de consumidores que residem nesses Estados.

A segunda região com maior número absoluto de devedores é o Nordeste, que conta com 16,32 milhões de negativados, ou 40% da população. Em seguida, aparece o Sul, com 8,02 milhões de inadimplentes (36% da população adulta).

Já em termos proporcionais, destaca-se o Norte, que, com 5,41 milhões de devedores, possui 46% de sua população adulta incluída nas listas de negativados, o maior percentual entre as regiões pesquisadas. O Centro-Oeste, por sua vez, aparece com um total de 4,90 milhões de inadimplentes, ou 42% da população.

Por faixa etária

O indicador ainda revela que a maior parte dos inadimplentes está na faixa dos 30 anos. São aproximadamente 16,8 milhões de consumidores entre 30 e 39 anos com contas sem pagar. Em segundo lugar estão os adultos com idade entre 40 e 49 anos (12,8 milhões) e em terceiro os consumidores de 50 a 64 anos (11,7 milhões).

Jovens adultos de 25 a 29 anos são 7,8 milhões de inadimplentes no Brasil e os idosos de 65 a 84 anos, são 4,7 milhões. Na faixa etária dos mais jovens, de 18 a 24 anos, o número verificado é de que 5,1 milhões de consumidores com alguma conta em atraso e com o CPF registrado em cadastros de devedores.

Dívidas no crediário

Outro número calculado pelo SPC Brasil e pela CNDL foi o volume de dívidas em nome de pessoas físicas. Neste caso, a variação negativa foi de -4,82% na comparação anual, entre agosto deste ano frente a agosto do ano passado e, de -0,30% na comparação mensal, entre julho e agosto de 2017, sem ajuste sazonal.

As dívidas com o comércio, muitas vezes feitas no crediário, foram aquelas que mostraram a maior queda em agosto. Na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês do ano passado, as pendências de pessoas físicas nesse ramo caíram -6,38%. Os atrasos com o setor de comunicação, que engloba contas de telefonia, internet e TV por assinatura, recuaram -4,46% na comparação anual.

As dívidas bancárias, como cartão de crédito, financiamentos e empréstimos e, que respondem sozinhas por 49% do total das dívidas em aberto existentes no Brasil, caíram -2,63% em agosto deste ano frente igual período de 2016. Já as contas básicas de água e luz, que em um passado recente apresentavam as altas mais expressivas, caíram -1,55% no último mês de agosto.

As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação e a estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%.

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