Os gastos no varejo dos Estados Unidos registraram alta em julho, impulsionados por promoções de verão e pela antecipação de compras antes da entrada em vigor de novas tarifas. Segundo o CNBC NRF Retail Monitor, as vendas totais no varejo, excluindo automóveis e gasolina, cresceram 1,45% em relação a junho, com ajuste sazonal, e 5,89% na comparação anual.
“Os gastos do consumidor aumentaram em julho, impulsionados por eventos de vendas de verão bem-sucedidos realizados por muitos varejistas e compradores que continuam a antecipar as compras antes das tarifas”, disse o presidente e CEO da NRF, Matthew Shay.
O avanço contrasta com o desempenho de junho, quando houve recuo de 0,33% no mês e alta de 3,19% em 12 meses. No chamado varejo principal, que exclui também restaurantes, a alta foi de 1,55% na comparação mensal e de 5,93% na anual.
Para o presidente e CEO da NRF, Matthew Shay, o resultado reflete tanto o efeito das liquidações quanto a reação dos consumidores às expectativas de preços mais altos. “Podemos estar vendo impactos inflacionários crescentes das tarifas, já que dados recentes mostram aumento nos preços de bens de commodities, principalmente não duráveis”, afirmou. Ele destacou ainda que, apesar do crescimento de empregos abaixo do esperado, os salários seguem avançando acima da inflação, sustentando o consumo.
Nos primeiros sete meses de 2025, as vendas totais cresceram 4,83% e o varejo principal avançou 5,07%. Entre as nove categorias analisadas, apenas uma registrou queda em relação a julho de 2024. Produtos digitais, artigos esportivos e lojas de mercadorias em geral lideraram as altas, tanto na comparação anual quanto na mensal.
“Os ganhos mês a mês foram consideráveis em relação a um junho mais fraco do que o normal. Podemos estar vendo impactos inflacionários crescentes das tarifas, uma vez que dados recentes mostram aumentos de preços em bens de commodities, principalmente não duráveis”, diz Shay.
Imagem: Envato