Superintendência do Cade arquiva inquérito contra Vibra, Raízen e Ipiranga

Órgão investigava suposta conduta anticoncorrencial das empresas nos mercados de distribuição e de revenda de combustíveis

Superintendência do Cade arquiva inquérito contra Vibra, Raízen e Ipiranga ANP: Maioria dos preços dos combustíveis volta a subir

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu arquivar inquérito administrativo instaurado em março do ano passado contra Raízen, Vibra Energia e Ipiranga Produtos de Petróleo para investigar suposta conduta anticoncorrencial das empresas nos mercados de distribuição e de revenda de combustíveis. O arquivamento se deu “pela insubsistência dos indícios de infração à ordem econômica constante dos autos”, informa despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 11.

De acordo com nota técnica divulgada pelo Cade, a Procuradoria Federal Especializada junto ao órgão (PFE-Cade), autora da representação, tomou conhecimento de que as companhias estariam atuando para impedir que outros concorrentes participassem dos mercados relevantes envolvidos e que a mesma denúncia recebida pela PFE-Cade também havia sido formalizada pela Associação Nacional de Distribuidores de Combustíveis (Andic) por meio do Clique Denúncia em procedimento administrativo anexado aos autos do inquérito.

Pela denúncia, Raízen, Vibra e Ipiranga, que fornecem combustíveis para postos bandeirados com suas logomarcas, proibiam esses estabelecimentos, por causa de contratos de exclusividade, de comprar combustíveis de outros fornecedores.

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“A denúncia alega que as distribuidoras incrementariam seus preços de venda de combustíveis para os postos bandeirados com o objetivo de lograr margem de lucro capaz de subsidiar a oferta de preços supracompetitivos aos postos de bandeira branca (sem contrato, e portanto livres para negociação com diferentes distribuidores), na tentativa de aumentar seu poder de mercado sobre tais em rede”, cita relato na nota técnica do Cade.

As três empresas negam a adoção da prática predatória, dizem que a acusação “não faz sentido” e “não tem qualquer fundamento fático”.

Com informações de Estadão Conteúdo (Luci Ribeiro).
Imagem: Shutterstock

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