Extensão de cílios, unhas em gel, design de sobrancelhas e todas as trends de maquiagem do TikTok são alguns dos serviços que bombam hoje em dia nos salões de beleza, com clientes cada vez mais exigentes em busca do que está em alta no momento. Mas mais do que estar antenado ao que está na moda, os profissionais precisam de especialização e qualificação se quiserem transformar um cliente em um frequentador fiel do seu estabelecimento.
Com mais de 2,5 milhões de profissionais formados, o Instituto Embelleze conta com uma gama de cursos profissionalizantes e especializações para quem deseja aprimorar suas habilidades. Atualmente, a rede de educação possui mais de 150 unidades no Brasil, além de escolas em países da América Latina e nos Estados Unidos.
“O que a gente vê hoje é que os profissionais buscam uma formação mais sólida. Eles querem aprender com mais profundidade. E esse é um diferencial nosso no Instituto Embelleze: lá a gente é presencial, é mão na massa de verdade. Você aprende ali mesmo”, afirma Eduardo Tegeler, CEO do Instituto Embelleze, em entrevista à Mercado&Consumo na edição deste ano da Beauty Fair, realizada entre os dias 6 e 9 de setembro, em São Paulo. A rede de escolas profissionalizantes levou para a feira um workshop de extensão de cílios.
O Instituto Embelleze conta com mais de 25 opções de formação, incluindo cursos profissionalizantes, especializações, cursos express e workshops. Entre os mais procurados na rede estão os de cabelo e barbearia, manicure e pedicure e embelezamento do olhar (sobrancelhas e cílios).
Outra marca que também esteve presente na Beauty Fair 2025 e oferece profissionalização para o setor de beleza é a Catharine Hill, que conta com especializações no segmento de maquiagem por meio da Catharine Hill Academy, braço educacional da marca.
“O cenário atual da profissionalização está sendo muito valorizado, e a procura por cursos e especializações é imensa. Pessoas que trabalham há muito tempo na área querem se atualizar, e também há quem esteja migrando de profissão. Nós, na Catharine Hill Academy, por exemplo, temos milhares de alunos que estão em outra faculdade, em outra profissão, mas querem mudar de carreira e ingressar na área de cabelo, maquiagem e estética”, explica Fabricio Duque, técnico de maquiagem da Catharine Hill Academy.
Por meio da Catharine Hill Academy, a marca já contribuiu para a formação de mais de 50 mil alunos. O programa da academia conta com um corpo docente que oferece conhecimento técnico atualizado, alinhado às demandas do setor, com foco na preparação de maquiadores e especialistas para atuarem em diferentes segmentos da maquiagem profissional.
Segundo o Sebrae, em 2024, o Brasil gerou mais de 7 milhões de empregos no mercado de beleza, resultado de um crescimento de 12% do setor na América Latina, do qual 40% corresponde ao Brasil. Em 2023, cerca de 180.831 microempreendedores individuais (MEIs) foram formalizados, o que representa aproximadamente 500 novos profissionais de beleza por dia, e a busca por especialização está no centro desse movimento.
Por meio da especialização, o profissional consegue valorizar ainda mais seu trabalho, aumentar os preços dos serviços prestados e torná-los mais premium, além de elevar sua renda. “Quanto mais portfólio você tiver, mais dinheiro você pode ganhar. Quanto melhor eu for naquilo que faço, mais eu vou ganhar. Por quê? Porque o meu serviço é reconhecido. Então, tecnicamente, eu tenho que ser excelente e preciso estudar o máximo possível para ter um repertório. Quanto maior o meu repertório de serviços, maiores serão as possibilidades de ganho”, destaca Tegeler.
Desafios da profissionalização
Há algum tempo, o setor de foodservice vem enfrentando o desafio de encontrar profissionais especializados para desempenhar determinadas tarefas. Esse problema chegou ao varejo, e o setor supermercadista também passou a ter dificuldades na contratação de mão de obra. No setor de beleza, a situação é parecida.
De acordo com Fabricio Duque, a internet tem uma parcela de culpa nisso. “Não tem tudo o que a gente precisa ali [na internet]. As pessoas costumam entrar na profissão da beleza por conta de ‘ah, eu sei fazer isso, fazer aquilo, e vou começar a atender clientes. Ah, eu vou fazer um curso ali, aqui, e já vou começar a dar curso’. Vemos pessoas trabalhando como profissionais, dizendo que são profissionais, mas, na verdade, acabam queimando o filme de outras que estão na carreira”, afirma.
Ele acrescenta que encontrar um profissional qualificado é hoje o maior desafio do setor. “Aquele profissional que estuda de verdade, que faz curso, que se profissionaliza, que possui um embasamento perfeito no que está fazendo. Não é só o achismo, não é só o que a gente vê na internet e tenta reproduzir”, ressalta.
A alta rotatividade também é um desses desafios e está diretamente ligada à qualificação. “A gente tem um movimento em que as pessoas são menos constantes hoje em dia. Por exemplo, eu estou aqui com você, daqui três meses eu já estou fazendo outra coisa. Isso é muito comum”, comenta Eduardo Tegeler.
Ele ressalta que, se o profissional desempenha um trabalho com excelência, sempre terá uma oportunidade no mercado. “Se você tem uma boa qualificação, sempre terá cliente. E o salão, para conseguir crescer, precisa contratar bons profissionais. Só que, para ter os melhores, precisa remunerar bem. O profissional do salão acaba virando um cliente seu. Eu tenho que tratar bem o cabeleireiro, o barbeiro, a manicure, e criar um ambiente bom para aquela pessoa trabalhar”, conclui.
Imagem: Envato