GPA prevê impacto de R$ 290 milhões nos resultados devido à cobrança de CSLL

Efeito negativo previsto pela dona do Pão de Açúcar inclui a probabilidade de perda de processos em andamento desde 2007

GPA

O grupo varejista GPA, dona do Pão de Açúcar, informou estimar um efeito negativo, ainda não auditado, de R$ 290 milhões como valor líquido da recomposição da base negativa da CSLL (Constribuição Social sobre Lucro Líquido).

O anúncio foi feito após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que os contribuintes, mesmo com decisão transitada em julgamento favorável ao não pagamento da CSLL, terão que fazer pagamentos retroativos desde 2007, data em que a corte reconheceu a constitucionalidade do tributo.

O efeito negativo previsto pelo GPA inclui a probabilidade de perda de processos em andamento desde 2007 e os valores não recolhidos nos últimos 5 anos, segundo fato relevante divulgado nesta quinta-feira, 9. Segundo o documento, a companhia possuía decisão transitada em julgado possibilitando o não recolhimento da CSLL há 31 anos e aguardava o julgamento do STF.

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“Diante disso, todas as autuações lavradas em razão do não recolhimento da CSLL eram classificadas como de risco remoto, sem divulgação das mesmas em suas demonstrações financeiras”, afirmou a empresa.

O GPA aguarda a publicação do acórdão do STF para definir a estratégia jurídica a ser seguida nos processos em andamento, os quais estão em diferentes fases processuais e serão concluídos gradualmente ao longo dos próximos anos, além de fazer uma reavaliação dos números já estimados até o momento. O impacto no caixa da companhia dependerá dos desfechos destes processos, gerando imediatamente apenas o aumento da tributação do lucro em 9%.

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) passou a ser presidido por Marcelo Pimentel, que renunciou ao cargo de diretor-presidente da Marisa, em março do ano passado.

Imagem: Shutterstock
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