Vendas no varejo registram variação negativa de 0,2% em maio

IBGE aponta que, em comparação com maio de 2024, o volume de vendas do varejo cresceu 2,1%

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Em maio de 2025, o volume de vendas do comércio varejista variou -0,2% frente a abril, na série com ajuste sazonal, e a média móvel trimestral foi de 0,1%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que, frente a maio de 2024, o volume de vendas do varejo cresceu 2,1% e o acumulado nos últimos 12 meses foi de 3,0%.

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No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 0,3% em maio. A média móvel foi de 0,0%. Frente ao mesmo período de 2024, houve alta de 1,1%. O acumulado em 12 meses foi de 2,4%.

“A Pesquisa Mensal de Comécio, foi restrita em -0,2% m/m, registrou aumento de 2,1% a/a e ampliada em 0,3% m/m e 1,1% a/a, abaixo da nossa expectativa e do consenso. Com esse resultado, o setor aponta para contração do PIB do setor no 2° trimestre de -0,7%. Fazendo a divisão entre vendas ligadas à renda e ao crédito, as vendas mais movidas pela renda andam de lado desde fevereiro e as vendas ligadas ao crédito não conseguem expandir desde agosto de 2024″, analisa Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital.

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Na passagem de abril para maio de 2025, na série com ajuste sazonal, houve variações positivas no volume de vendas de cinco das oito atividades do comércio varejista:

No campo negativo ficaram:

No comércio varejista ampliado, veículos e motos, partes e peças cresceram 1,5%, enquanto material de construção apresentou estabilidade (0,0%) na passagem de abril para maio de 2025.

“Mantemos a projeção de desaceleração da atividade mais significativa no segundo trimestre, criando espaço para o início do ciclo de cortes de juros em dezembro de 2025, com a Selic em 14,50% ao final do ano”, completa Tatiana.

Comércio varejista nas unidades da federação

Na passagem de abril para maio de 2025, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista foi de 0,2%, com resultados negativos em 20 das 27 unidades da federação, com destaque para:

Por outro lado, com variações positivas, figuram seis das 27 unidades da federação, com destaque para: Roraima (1,1%), Rio de Janeiro (0,9%) e Sergipe (0,7%). O Amapá registrou estabilidade (0,0%) na passagem de abril para maio.

Em comparação com maio de 2024, houve resultados positivos em 22 das 27 unidades da federação, com destaque para: Paraíba (9,1%), Alagoas (6,7%) e Espírito Santo (6,5%). No campo negativo ficaram cinco unidades da federação, com destaque para: Tocantins (5,5%), Rio de Janeiro (0,9%) e Maranhão (0,2%).

Resultado de junho

O índice de serviços às famílias de junho registrou uma queda de 4% em relação ao mês anterior, de acordo com o IGet, indicador desenvolvido pelo Santander em parceria com a Getnet. Na comparação interanual, o declínio foi de 13,2%, marcando o nono resultado negativo consecutivo para o setor. O segmento de alojamento e alimentação teve recuo de 4,4%, enquanto outros serviços apresentaram retração de 6%.

O índice do varejo ampliado registrou queda de 0,4% em junho, acumulando três resultados negativos consecutivos. No entanto, na comparação interanual, houve crescimento de 6,1%. O índice restrito, por sua vez, teve leve alta de 0,3% no mês, com destaque para o bom desempenho de vestuário (2,5%), supermercados (2,3%) e combustíveis (0,3%). Por outro lado, móveis e eletrodomésticos (-3,1%) e artigos farmacêuticos (-4,2%) apresentaram quedas.

“Embora a política monetária restritiva continue a afetar a atividade econômica, o mercado de trabalho aquecido deve ajudar a mitigar uma desaceleração mais forte. A nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado pode oferecer suporte adicional à demanda. No entanto, a inflação elevada e os desafios globais podem representar obstáculos ao crescimento tanto do varejo quanto dos serviços”, comenta Gabriel Couto, economista do Santander

Dentro do índice ampliado, o segmento de automóveis, partes e peças registrou pequeno crescimento de 0,5%, enquanto os materiais de construção sofreram queda de 2,9%, refletindo a desaceleração no setor.

Imagem: Envato

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