OmniPDX: por que o futuro das lojas será inteligente, humano e inesquecível

Sempre me fascinou observar como o varejo se reinventa. Quando comecei minha trajetória, em meados dos anos 2000, o ponto de venda ainda era visto como uma vitrine, um espaço para expor mercadorias, seduzir pela estética e concretizar uma transação financeira. Era funcional, mas limitado.

De lá para cá, vimos o mundo mudar em uma velocidade impressionante. A chegada dos smartphones colocou o varejo no bolso das pessoas e inaugurou a integração entre loja física e digital. Depois, vieram as lojas-conceito, que começaram a traduzir experiência em encantamento. E, claro, a pandemia, que nos forçou a mergulhar no digital, mas também nos lembrou de algo essencial: a falta que faz o contato humano, o cheiro, a textura, o olho no olho.

É justamente dessa dualidade que nasce o OmniPDX, um conceito que tenho defendido e explorado nos últimos anos. Esse X de experiência, para mim, trata-se de um novo jeito de pensar o ponto de venda: não mais como vitrine, mas como um espaço de integração plena entre conveniência tecnológica e sensorial.

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Mais do que comprar, sentir

Quando falamos em OmniPDX, falamos em lojas que combinam Inteligência Artificial (IA) invisível, recomendações em tempo real, gestão de estoque inteligente, provadores virtuais, com emoção, proximidade e narrativa de marca. O cliente quer praticidade, mas também quer viver. Quer personalização, mas sem abrir mão da espontaneidade.

Foi esse olhar que compartilhei na Latam Retail Show 2025, ao lado dos executivos Márcio Temperini, da Natura, e Fernanda Rimbano, do Bob’s. Cada um trouxe sua perspectiva, mas todos convergimos em um ponto: a loja do futuro não será só digital ou só física, será inteligente e humana ao mesmo tempo.

A beleza da integração

Na prática, já vemos isso acontecer. A Natura prepara a reinauguração de sua loja no Shopping Morumbi com uma experiência sensorial totalmente conectada à tecnologia. O Bob’s, por sua vez, explora a memória afetiva e a inovação, como na unidade de Ipanema, que tivemos o privilégio de projetar no Estúdio Jacarandá — um espaço que une gastronomia e entretenimento em um modelo inédito de interação.

Esses exemplos mostram que não estamos mais falando de futuro distante. O OmniPDX já está aí, moldando a forma como vivemos o varejo.

Um convite ao futuro

Se antes a loja era apenas um ponto de venda, hoje ela se tornou um ponto de experiência inteligente. E eu acredito profundamente que esse é o caminho: espaços híbridos, flexíveis, capazes de surpreender, acolher e, acima de tudo, criar conexões duradouras entre pessoas e marcas.

O OmniPDX é a prova de que tecnologia e emoção não precisam andar em lados opostos. Pelo contrário: quando se encontram, transformam a jornada de compra em algo inesquecível.

Luciana Carvalho é sócia-fundadora do Estúdio Jacarandá.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Envato

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