Pix pode ajudar lojista a diminuir inadimplência e conquistar público mais jovem no crediário

Pix dispara no e-commerce e deve decretar fim de pagamentos de compras
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Hoje não dá para imaginar o Brasil sem o Pix. A forma de pagamento eletrônica não poderia ter obtido um sucesso maior entre os brasileiros, como comprovam as estatísticas do Banco Central (BC). Segundo dados da instituição, a ferramenta alcançou 126,6 milhões de usuários em abril deste ano, sendo 9 milhões de empresas e 117,5 milhões de pessoas físicas. Já no dia 6 de maio, o meio de pagamento atingiu um recorde de mais de 73 milhões de transações.

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Diante desse cenário, fica cada vez mais evidente que o setor varejista não pode deixar de ignorar a nova realidade, ainda que no início desconfiasse da novidade.

O grande motivo para essa suspeita inicial foi de que o Pix poderia não ser de uso universal. Além disso, em um primeiro momento a modalidade dificultou a vida dos varejistas de pequenos e médios negócios que eram menos adeptos às tecnologias bancárias – vale observar que boa parte do êxito do formato se deve à ampliação dos bancos digitais no País.

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Esses lojistas também tinham alguma relutância por já estarem adaptados ao uso de dinheiro vivo nas suas operações, que era considerado um facilitador para gestão de pequenos pagamentos.

Contudo, a mudança de postura dos integrantes do setor foi praticamente instantânea, uma vez que todas as plataformas disponíveis detém o canal para a ferramenta eletrônica ser utilizada. Com isso, grande parte dos varejistas passaram a usar o Pix de alguma maneira no seu dia a dia, incluindo nas vendas aos consumidores.

Porém, em relação ao crediário, a recomendação para os lojistas é usá-lo como uma certa dose de inteligência. Por exemplo, o Pix é ideal para alcançar um público mais jovem, que prefere fazer pagamento remoto, em vez de retornar à loja todos os meses para quitar seus débitos.

Para este perfil, o uso da tecnologia é muito positivo porque eles já estão mais familiarizados com a solução, ajudando a rede varejista a incrementar a carteira com clientes que antes não comprariam pela modalidade por não disponibilizar uma facilidade de pagamento.

Outra vantagem para o varejista é a possibilidade de reduzir a inadimplência dos consumidores que atrasaram o pagamento. Nestas circunstâncias, a equipe de crédito tem a chance de propor um acordo via WhatsApp, permitindo que o acerto ocorra de uma maneira mais ágil.

Quando converso com lojistas dos segmentos de vendas com maior recorrência, como é o caso de vestuário e calçados, percebo uma certa resistência (e muito prudente) de implantar o Pix para recebimento de vendas do crediário.

O pagamento na loja sempre foi, e continuará sendo, a essência do crediário, tendo em vista que os clientes pagam as suas parcelas e acabam realizando novas compras na mesma ocasião.

Em linhas gerais, não há como as lojas – que têm o crediário como um pilar fundamental em seu modelo de negócio – deixar de lado o Pix. Entretanto, utilizá-lo a seu favor é a forma de garantir a sustentabilidade da operação.

Jeison Schneider é sócio-fundador e CEO do Meu Crediário.

Imagem: Shutterstock

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