Endividamento cresce pelo terceiro mês seguido e inadimplência atinge 30,5% das famílias

O percentual de famílias que dizem não ter condições de pagar as dívidas em atraso alcançou 13,2%

O endividamento das famílias brasileiras voltou a subir em outubro e alcançou 79,5% dos brasileiros, marcando o terceiro mês consecutivo de alta. A inadimplência, quando há atraso no pagamento das parcelas, também renovou recorde, alcançando 30,5% das famílias. O percentual de famílias que dizem não ter condições de pagar as dívidas em atraso alcançou 13,2%, a maior taxa da série histórica.

Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

“O avanço no endividamento, na inadimplência e na percepção de insuficiência financeira simultaneamente e pelo terceiro mês seguido é um alerta para a necessidade de ajustes, principalmente na área fiscal, para que os resultados de 2025 não se repitam ou se agravem ainda mais em 2026”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

[the_ad_group id="11688"]

Com o endividamento e a inadimplência em níveis históricos, as famílias acabaram aumentando o tempo acumulado com parcelas de dívidas atrasadas. O percentual de famílias inadimplentes por mais de 90 dias avançou de 48,7% para 49,0%, o maior nível desde dezembro do ano passado (49,2%). Esse é o segundo mês em que o percentual de famílias cuja dívida dura mais de um ano subiu, de 31,1% para 32%.

“Nem mesmo o bom momento do mercado de trabalho tem sido suficiente para conter o avanço na inadimplência, tamanho o patamar atual dos juros. Nesse cenário, o comércio já sente desaceleração das vendas, uma vez que as famílias se veem obrigadas a promover ajustes no orçamento para se adaptar a essa realidade”, afirma o economista-chefe da CNC, Fabio Bente

Imagem: Envato

Sair da versão mobile