Shoppings se transformam em espaço de pausa, lazer e rituais para várias gerações

Pesquisa idealizada pela Abrasce e realizada pelo Grupo Consumoteca mostra relação ampla com empreendimentos

Os shoppings seguem se reinventando como refúgio urbano, ponto de encontro e espaço de convivência para públicos de todas as idades. É o que revela uma pesquisa idealizada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e realizada pelo Grupo Consumoteca.

O estudo Shopping Multigeracional analisou o comportamento de Baby Boomers, Geração X, Millennials, Geração Z e Geração Alpha em diferentes regiões do País. Cada grupo se relaciona de forma única com os shoppings — mas todos encontram ali um espaço de lazer, segurança, praticidade e rituais coletivos que não são substituídos pelo consumo digital.

“O shopping brasileiro evoluiu muito além do varejo. Hoje, ele é oásis urbano diante da crise climática, ponto de encontro contra a solidão e espaço multifuncional para resolver tarefas e viver momentos de lazer — tudo no mesmo ambiente”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce.

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Espaços preferidos por geração

O levantamento revela que a praça de alimentação é o local mais democrático dos shoppings: atinge nota 4 entre Boomers e Geração X, nota 5 entre Millennials e 4 entre a Geração Z, segundo a escala de importância (1 a 5).

Entre os mais jovens, o cinema se destaca: é prioridade absoluta para a Geração Z, com nota 5, e também relevante para Millennials (4) e Geração X (3).

Já as operações de sorvete e milkshake aparecem entre as favoritas da Geração Alpha (nota 5) e Z (4), mostrando como pequenos rituais gastronômicos ainda sustentam o vínculo com espaços físicos como os shoppings

As datas sazonais, como Natal, Black Friday e Dia das Crianças, seguem como motores de visita em todas as gerações. No Norte e Nordeste, o São João se destaca como atração cultural importante, mobilizando públicos pelas comidas típicas, decoração e eventos.

Resposta aos dilemas urbanos

O estudo também aponta por que, em plena era digital, os shoppings mantêm relevância. Para os Baby Boomers, representam segurança e socialização — especialmente para quem vive sozinho.

Para a Geração X, funcionam como hub de conveniência, reunindo compras, serviços, farmácias, supermercados e lazer familiar num só lugar.

Já os Millennials enxergam os shoppings como extensão do estilo de vida híbrido: é onde conciliam trabalho remoto, refeições, autocuidado, cinema e compras rápidas em ambientes climatizados.

A Geração Z reforça o modelo físico com digital: compara preços online, escolhe marcas autênticas, visita a loja física e fecha a compra pelo canal mais vantajoso.

Para a Geração Alpha, os shoppings são um grande parque de diversão — playgrounds, brinquedos, cinemas e eventos temáticos garantem o encantamento infantil, enquanto os pais valorizam a segurança e o conforto térmico.

Como as gerações são divididas?

Segundo dados do IBGE, o Brasil tem, hoje:

Imagem: Envato

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