Efeitos de mentiras sobre o Pix ajudaram o crime organizado, diz secretário da Receita

Receita e PF realizam operações contra esquema do crime organizado no setor de combustíveis

Infracommerce fecha parceria com Pagaleve para oferecer solução de pagamento para varejistas

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse nesta quarta-feira, 3, que as “mentiras” divulgadas pela oposição sobre uma portaria do órgão no início do ano, que envolvia informações de transações via Pix, acabaram ajudando o crime organizado ao limitar os dados que fintechs precisariam fornecer à Receita. Por isso, a Receita vai solicitar os dados sobre movimentações financeiras retroativamente dessas instituições, afirmou.

“As mentiras ajudaram o crime organizado, eu não tenho nenhuma dúvida disso, e falo com tranquilidade”, disse o secretário, em uma audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados (CFT). “Se integrantes do crime organizado estavam aliviados de que ficariam fora, nós conseguimos agora, com o apoio do Legislativo e da população da opinião pública, republicar aquela instrução normativa e vamos pedir todas as informações desde janeiro.”

Na quinta-feira, 28, a Receita e a Polícia Federal deflagraram três grandes operações para desmantelar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, controlado pelo crime organizado. A investigação identificou que fintechs e fundos de investimento eram usados para ocultação e blindagem de patrimônio de organizações criminosas.

[the_ad_group id="11688"]

Depois das operações, a Receita relançou na última sexta-feira, 29, uma instrução normativa que obriga as fintechs a entregar a e-Financeira, um documento com movimentações financeiras de alto valor. O preenchimento havia sido tornado obrigatório no começo do ano, mas a portaria foi revogada por causa do impacto das fake news sobre a taxação do Pix.

Com informação do Estadão de Conteúdo (Cícero Cotrim).
Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile