Sua empresa tem um apagão de talentos? A culpa pode não ser do mercado

Todo empreendedor conhece a frustração: vagas abertas, planos de expansão prontos, mas uma dificuldade imensa para encontrar o talento certo para executar a visão. O que poucos percebem é que o problema raramente é a falta de candidatos, mas sim o profundo descompasso entre a formação que eles trazem e a agilidade que um negócio em crescimento exige. Não é teoria: uma pesquisa do ManpowerGroup mostra que 81% das empresas brasileiras sentem essa mesma dor.

O resultado é o que chamo de paradoxo do currículo cheio. Recebemos dezenas de currículos com diplomas e certificados, mas, na prática, os profissionais não possuem as competências necessárias para resolver problemas reais desde o primeiro dia. Isso gera um custo da curva de aprendizagem altíssimo, com meses de treinamento e adaptação que atrasam o crescimento e consomem recursos preciosos. Esperar que o sistema educacional tradicional resolva isso não é uma opção para quem precisa de resultados para ontem.

Para destravar o crescimento, o líder precisa se tornar um arquiteto de talentos. A solução está em construir um sistema interno ou buscar parceiros para uma qualificação contínua, baseada em três pilares práticos:

[the_ad_group id="11688"]

A responsabilidade por construir a equipe do futuro não pode mais ser terceirizada. O apagão de talentos não é um problema de mercado para ser observado, mas um desafio de gestão para ser resolvido. Os empreendedores que entenderem que seu maior produto é a qualificação contínua de seu time não apenas sobreviverão à mudança estrutural do trabalho — eles a irão liderar.

Davi Braga é fundador e CEO da Uneed.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem:  Envato

Sair da versão mobile