Franquias em shoppings: que fatores influenciam?

Segundo os últimos dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), referentes ao primeiro trimestre de 2019, os shoppings centers são responsáveis por quase 25% das lojas físicas de franquias. O segmento fica atrás apenas das lojas de rua. O percentual de lojas nos shoppings aumentou mais de três pontos percentuais, em comparação ao mesmo período de 2018.  Nos dias 1º e 2 de outubro, acontece o 10º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios, que evento reúne executivos da indústria, varejo, serviços e franqueadores para discutir esse e outros temas relacionados à evolução do franchising e das redes de negócios no mundo.

Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&MALLS, uma das empresas que integra o ecossistema de negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza, é um dos grandes especialistas do país na consultoria especializada em centros comerciais. A mudança do modelo de serviço dos shoppings influencia nos tipos de franquias mais adequados a esse espaço. “O shopping center tende a ter uma concentração maior de serviço e de alimentação. Você tem novas variantes como alimentação saudável e vegana. Também que vai haver um crescimento no que diz respeito à conveniência e valor. Ou seja: marcas que estão orientadas a oferecer qualidade por um preço mais acessível”, explica.

O franqueado tem de observar alguns aspectos antes de iniciar um empreendimento. É preciso entender se o público que frequenta o shopping center é o adequado ao negócio. Marinho aponta que o empreendedor deve ter em mente que há negócios que precisam de público com maior poder aquisitivo e podem depender de um fluxo menor. Ao mesmo tempo, há casos em que se precisa de um fluxo alto.

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Os custos também precisam ser levados em consideração. Os gastos devem ser compatíveis com as vendas. Em geral, se os custos representarem mais do que 10% das vendas previstas para aquele negócio, provavelmente haverá problemas.

Outro desafio para o segmento em geral diz respeito ao omnichannel. Para Marinho, os shoppings centers não estão fora dessa tendência do varejo. “As franquias devem estar atentas a essa realidade. Muitas vezes o franqueado e o franqueador precisam entrar em um acordo sobre essa nova dinâmica porque ela é inevitável. Isso vai estar cada vez mais presente na rotina dos shopping centers e franquias. Os shoppings já começam a lançar seus próprios Market places. Temos, por exemplo, os projetos da JHSF Malls, da CCP (Cyrela Commercial Properties) e da Sonae Sierra Brasil. As franquias poderiam se beneficiar disso desde que exista um acordo ou alinhamento entre franqueado e franqueador” destaca o executivo.

O 10º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios acontece nos dias 1 e 2 de outubro, no Teatro Santander, em São Paulo. Em nove edições, já recebeu mais de 9 mil executivos, dentre CEO’s, diretores e gerentes, de 2 mil empresas, incluindo as maiores redes de franquias e negócios do país. Os debates serão conduzidos por lideranças de destaque como Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza; Marcelo Bertini, presidente do Cinemark; Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels; Caito Maia, fundador e presidente da Chilli Beans, entre outros.

* Imagem reprodução

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