Blended Normal – Um mix entre o pré e o pós-pandemia

Blended Normal - Um mix entre o pré e o pós-pandemia no varejo
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Recentemente tivemos a segunda parte da edição de 2021 da NRF Converge – maior evento de varejo mundial, que é sediado em Nova York (EUA). Ficou ainda mais claro o quanto o varejo teve um papel fundamental para apoiar as economias a passarem pela pandemia e foi o grande responsável por parte da solução encontrada para a sobrevivência das famílias e dos negócios. Ele conduziu a movimentação das comunidades – permitiu a prestação de serviços essenciais e a manutenção dos empregos e, agora, a retomada do crescimento econômico.

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Com tudo que aconteceu no mundo, foi necessário que todos os envolvidos no negócio – os executivos ou a própria equipe – dessem um passo para trás e lembrassem os core values das companhias e o como deviam servir à comunidade. A importância daqueles que se mantiveram na linha de frente dos negócios, atendendo à população e prestando os serviços essenciais, foi reconhecida pelas empresas em forma de bônus, gratificação ou, ao menos, uma posição de destaque frente aos demais da companhia.

Nos EUA, o varejo é responsável por 1 em cada 4 empregos no setor privado – só este dado já traduz a sua importância para a economia. E, para manter as boas vibrações de recuperação para o período das festas de final de ano, o setor vai ter que se adaptar para se encaixar nas demandas dos consumidores.

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Novo consumidor

Por conta da pandemia, os consumidores adotaram novas formas de comprar principalmente no digital, mas justamente por isso é que o varejo físico deve continuar a evoluir, em especial, em experiência de compra. Ele deve se adaptar.

A adaptação passa não só pelo olhar para a jornada de compras, mas por tudo o que acontece antes e após a jornada. Isso significa um repensar sobre todo o negócio, desde ferramentas para qualificação e instrumentação das equipes até a revisão completa dos formatos de loja e o pós-venda – fidelização e retenção dos consumidores.

Segundo John Furner, CEO do Walmart, estamos entrando num momento de “blended normal”, o que significa um mix entre o que era o mundo pré-pandemia e o que será o pós-pandemia. A única certeza que temos é que os consumidores continuarão mudando e temos que mudar junto com eles. Sendo mais rápidos ou ao menos tão rápidos quanto nossa concorrência.

Ou seja, um desafio e tanto!

Um aprendizado que já se mostrou concreto nesse período é que os consumidores, uma vez que experimentam a conveniência e as experiências fluidas de compras, não regridem mais – o que faz com que o nível de exigência em cima da loja física só aumente.

Futuro da lojas

E agora se fala ainda mais em lojas “experience oriented”, que funcionam como apoio à estratégia digital das empresas e podem ter uma abordagem híbrida – sendo loja que entrega experiência e um centro de abastecimento. Ou fazendo com que os varejistas repensem se é mesmo necessário ter muitas lojas, ou uma estratégia em torno do papel que cada modelo vai desempenhar – podendo ser entrega de experiência, centro de abastecimento ou lojas híbridas – com entrega de experiência e mini centros de distribuição.

Uma das soluções que têm sido apresentadas para que isso funcione é a transformação de grandes centros de distribuição em pequenos espaços automatizados que podem ser acoplados às lojas. Uma forma de otimizar os espaços e permitir uma abordagem completa para o papel dela

O que fica claro é que os clientes querem e vão querer cada vez mais personalização e experiência, online ou na loja. Para se conseguir isso, o foco deve continuar no consumidor, mas sempre orientado por dados que devem ser constantemente medidos, testados e refinados. Uma abordagem tanto humana quanto tecnológica. Um blended normal, por assim dizer.

Lyana Bittencourt é CEO do Grupo Bittencourt.
Imagem: Envato/Arte/Mercado&Consumo

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