A Reag Capital Holding (Reag Holsa) informou em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que está negociando o potencial venda do bloco de controle da Reag Investimentos com interessados independentes.
Segundo a companhia, as tratativas compreendem, entre outros, a troca de informações sujeitas a acordos de confidencialidade e discussões preliminares sobre termos e condições econômicos e contratuais da possível transação.
“Neste momento, não há garantia de que as negociações resultarão na celebração de documento vinculante ou na consumação de qualquer transação, nem definição de preço, estrutura final ou cronograma”, informou a Reag.
A Reag Investimentos foi um dos alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira, 28. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirmou que está colaborando integralmente com as autoridades no âmbito da operação, que é uma força-tarefa contra o crime organizado no País, envolvendo a região da Avenida Faria Lima, o setor de combustíveis e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações apontam para uma série de práticas criminosas, incluindo crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, inclusive proveniente do tráfico de drogas, além de fraude fiscal e estelionato.
Segundo apuração, os acusados teriam obtido parte do controle da cadeia produtiva de etanol, gasolina e diesel por meio da associação de dois grupos econômicos, contando com ligações a operadores suspeitos de lavar dinheiro para o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Além da lavagem de dinheiro do PCC, promotores do Gaeco afirmam que a organização investigada mantinha um esquema massivo de ocultação de posições societárias, rendas e patrimônio.
Com informação do Estadão de Conteúdo (Ana Paula Machado).
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